quinta-feira, 28 de julho de 2011

Vale a pena " Ler de novo " .


Prof. Billy, o terapeuta da inclusão



Seg, 12 de Abril de 2010 16:13

Foto de rosto do Profº Billy sorrindo
Severino Batista da Silva, mais conhecido como Professor Billy, tem formação em Magistério, Pedagogia, Psicopedagogia, Arteterapia e Língua Portuguesa. É Professor titular de Educação Infantil e Ensino Fundamental I da Prefeitura Municipal de São Paulo, além de trabalhar no Centro Integrado de Educação para Jovens e Adultos ( CIEJA), em Campo Limpo, onde desenvolve um trabalho de Atendimento Educacional Especializado junto aos alunos com deficiência e seus familiares. Conversamos com ele para saber mellhor sobre esta iniciativa. Confira.
Portal Mara Gabrilli - Como surgiu a ideia do Café Terapêutico?
 
Profº Billy - Surgiu a partir do momento em que percebemos – Prof. Billy e Êda Luiz “Coordenadora do CIEJA Campo Limpo - que as mães dos alunos com deficiência necessitavam de um espaço onde pudessem falar, perguntar, compartilhar de experiências com outras mães e profissionais da escola, fazer novas amizades, participar do processo de inclusão de seus filhos de maneira mais ativa e eficaz. Ao mesmo tempo, terem um espaço onde pudessem num processo de terapia em grupo e familiar livrarem-se de medos, culpas, angústias e rancores que foram sendo injetadas ao longo de suas vidas na busca do melhor para seus filhos.

PMG - Por que o tema “Mães que fazem a diferença”?
Profº Billy -No 1º. Aniversário do café Terapêutico – 29.05.09 - cujo tema foi “Sou especial porque sou feliz. Ser diferente é normal. Eu sou!” tivemos como foco principal a valorização das diferenças de forma natural onde, o que importa é a capacidade de cada um e não a sua deficiência. Já neste 2º ano, achamos por bem homenagear essas mães que tanto lutaram e continuam lutando para a garantia dos direitos de seus filhos perante uma sociedade que ainda possui uma postura excludente.

PMG - Em que a terapia pode auxiliar uma pessoa com deficiência?

Profº Billy -Sua aceitação junto aos familiares e amigos, o descobrimento de suas capacidades, a valorização de suas potencialidades e principalmente a contribuição que podem dar na erradicação do preconceito por parte das pessoas que aparentemente não possuem deficiência.

PMG - É isso que você pretende alcançar com o Café Terapêutico?

Profº Billy -Dentro de uma perspectiva educacional almejo que outras pessoas possam realizar trabalhos como este para que a inclusão possa ser efetivada com o apoio das famílias e ao mesmo tempo ajudando em suas necessidades, ouvindo, orientando e buscando parcerias para a efetivação de uma sociedade inclusiva. Como satisfação pessoal pretendo que as experiências do Café Terapêutico ao longo desses dois anos possam tornar-se um livro com o título “Com açúcar ou adoçante Café Terapêutico sempre emocionante”.

PMG - Como é trabalhado este processo com as mães de filhos com deficiência?

Profº Billy -Dou a oportunidade para se expressarem em todos os sentidos: alegrias, tristezas, conquistas, derrotas... e assim, por meio de dinâmicas, leituras, músicas, danças, saraus e até mesmo passeios juntamente com seus filhos – nossas jóias preciosas -, vamos desenvolvendo o trabalho partindo de suas próprias solicitações e sugestões. Lembrando que o nosso Café é freqüentado por mães, filhos, convidados e pais que nos alegram muito com suas presenças.

PMG - Há muitas pessoas com deficiência em Campo Limpo e no Capão Redondo? Como é a acessibilidade destes bairros?

Profº Billy -Pela quantidade de alunos com deficiência que temos no CIEJA Campo Limpo posso declarar com muita tranqüilidade que o número de pessoas com deficiência nos dois bairros é consideravelmente grande. Com relação à acessibilidade, esta não foge a regra de outras regiões. Ela é inexistente e quando existe é precária. Acredito que o único local da região que possui acessibilidade esteja situado próximo as estações do metrô Capão Redondo ao longo de seu trajeto. Existem sim, guias rebaixadas, porém as condições das calçadas impossibilitam o uso das mesmas.Necessitaríamos de pisos táteis, sinalização sonora, placas indicando a presença de pessoas com deficiência pelo menos nas proximidades da escola e sinalização em braile nas paradas de ônibus.

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