segunda-feira, 31 de outubro de 2016

A PAZ ESTÁ NO MEIO DE NÓS...

Ações na Rotatória são desenvolvidas e planejadas pelo CIEJA Campo Limpo, desde o ano de 2015, através de reuniões entre os alunos, professores e comunidade como forma de transformar nossa realidade, assim como a capacidade de mudar o ambiente que vivemos, por isso neste ano a escola fez parceria com O Caminho da Paz e a AGSport. 

Com a instalação da palavra PAZ no dia 27/10/2016 a escola reuniu sua comunidade para fazer a manutenção da rotatória  no dia 29/10/2016.                                          

 

 O objetivo do CAMINHO DA PAZ é ser uma CAMPANHA MUNDIAL pela PAZ, mostrando ao mundo o poder de COEXISTÊNCIA do Brasil. A constatação deste dom brasileiro e da nossa responsabilidade de expor e, “exportá-lo” ao mundo ficou mais clara pelo trabalho do renomado acadêmico da Universidade de Harvard, o Professor William Ury, fundador da Ong que promove o CAMINHO DA PAZ. Ao longo dos anos somou 6 milhões de pessoas impactadas pelas palavras. Está aprovado pela Lei da Cidade limpa, é evento estratégico da Cidade de SP, além de ter o apoio da ONU.
Este ano, serão 20 palavras nas ruas, sendo 4 nas comunidades da Cidade de Tiradentes, Capão Redondo, Brasilândia e Paraisópolis, onde desenvolveremos ativações com as lideranças comunitárias voluntarias a fim de gerar identificação e cuidado com o valor que terão em seus bairros. 
Relato da representante do projeto  Débora Goldzveig:
"Tive oportunidade de conhecer de perto o trabalho do Cieja e sei o quanto vocês já ativam esses valores diariamente, em cada um que atravessa a porta desta instituição. Representando a comunidade do Capão Redondo, gostaríamos de colocar a palavra PAZ na Praça que foi restaurada e hoje é um símbolo de alegria para o espaço. A ideia é utilizar riqueza Cultural que vocês já têm disponível como músicos, grafiteiros, dançarinos e fazer uma ativação desta palavra... Queremos mais do que embelezar o espaço, incentivar de fato as pessoas a praticarem a PAZ".

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Inclusão - Envolvendo a família


+ Promover o espaço de diálogo entre escola, família e comunidade, gerando aproximação e colaboração
+ Fortalecer o envolvimento dos familiares na aprendizagem e no desenvolvimento dos estudantes
+ Estimular as famílias e a escola para que se apropriem de atividades, serviços, espaços e pessoas disponíveis na comunidade

CONTEXTO

Os adolescentes estão em pleno processo de desenvolvimento físico, emocional, social, cultural e intelectual. Para que possam ser estimulados e acompanhados em todas essas dimensões é importante que escola, família e comunidade atuem de forma complementar e colaborativa. O espaço escolar também ganha mais sentido quando está conectado com a realidade e os agentes que fazem parte da vida dos estudantes.

PERCURSO

1. A escola convida familiares e representantes da comunidade para um encontro informal sobre temas como políticas públicas, serviços, adolescência, aprendizagem, dificuldades do dia a dia, entre outros assuntos apontados como relevantes ou prioritários pelos próprios convidados. Os participantes são estimulados a ofertar ao grupo algo para comer ou beber.
2. O formato do primeiro encontro pode ser mais intimista, como um café e uma roda de conversa para ajudar a criar confiança e vínculo entre os participantes e facilitar o levantamento das necessidades do grupo.
3. Uma vez mapeadas as demandas, os participantes têm a opção de buscar parcerias na própria comunidade para ajudá-los a aprofundar temas, obter orientações, construir propostas. Os parceiros chamados para participar de encontros pontuais podem estabelecer relações mais próximas e sistemáticas com a escola e as famílias, como no caso das Unidades Básicas de Saúde (UBS), Universidades, Centros Culturais e de defesa de direitos, organizações sociais, entre outros. O grupo também pode envolver profissionais liberais como advogados, jornalistas, dentistas, médicos e sociólogos.
4. Conforme o trabalho for evoluindo, o formato dos encontros pode variar e se transformar em eventos mais abrangentes como feiras, seminários e palestras, desde que mantenham o caráter interativo.

DICA

+ É importante que as famílias sintam que suas dúvidas e desejos são acolhidos e que a escola pode ser um lugar de crescimento pessoal e familiar para todos.
+ Os temas a serem tratados devem partir do interesse e necessidade das famílias, rompendo com a lógica ainda muito comum de trazer os familiares para ouvirem o que a escola tem a dizer.
+ As famílias também devem ser consultadas em relação ao formato dos encontros, para que se sintam acolhidas e estimuladas a participar.

RECURSOS

+ Espaço físico
+ Comidas e bebidas levadas pelos participantes
+ Recursos multimídia ou outros (a depender do objetivo e formato do encontro)
+ Tempo: cada encontro pode ter duração de aproximadamente duas horas e ocorrer semanalmente ou com periodicidade determinada

INSPIRAÇÃO

Prática desenvolvida pelo CIEJA (Centro Integrado de Educação de Jovens e Adultos) Campo Limpo, São Paulo, SP.


Escola de EJA cria espaço de formação e diálogo para estudantes e familiares.


Centro Integrado de Educação de Jovens e Adultos (CIEJA) Campo Limpo   é uma das 178 instituições de ensino criativas e inovadoras do Brasil eleitas pelo Ministério da Educação (MEC). Localizada no bairro do Capão Redondo, na zona sul de São Paulo, a escola oferece educação de jovens e adultos (EJA) para cerca de 1.300 estudantes, cuja faixa etária vai dos 15 até os 90 anos. A unidade se destaca por sua gestão democrática e pelo acolhimento às diferenças e aos excluídos: são muitos os adolescentes expulsos de outras escolas, que trabalham para ajudar suas famílias, em regime de liberdade assistida, pessoas com deficiência etc.

No passado, contudo, o CIEJA (anteriormente chamado de Centro Municipal de Ensino Supletivo – CEMES) pouco dialogou com seus alunos e comunidade. Essa realidade começou a mudar com a chegada da diretora Eda Luiz, que realizou diversos esforços para se aproximar desses atores. A equipe coordenadora decidiu escutar os jovens e adultos para entender como eles se relacionavam com a escola e mapeou espaços e pessoas do entorno que poderiam apoiar os educadores na construção um projeto de formação para a autonomia.

projeto político-pedagógico (PPP) foi reformulado em discussões que envolveram estudantes, professores, coordenadores, famílias e demais funcionários. Como muitos estudantes trabalhavam, adotamos um modelo flexível de aulas, no qual eles podem optar por estudar um dia de manhã e outro à noite, por exemplo. Também estabelecemos os valores que devem orientar todas as relações, seja no âmbito do ensino e da aprendizagem, bem como na interação com os colegas. São eles: acolhimento, alegria, amor, bem estar, confiança, cuidado, ensinar e aprender, liberdade, respeito, responsabilidade e solidariedade.
Aproximação com as famílias
Ao trabalhar com os jovens com deficiência intelectual, observei a forma como alguns familiares falavam sobre seus filhos e sobre suas deficiências e, principalmente, o pouco conhecimento que tinham sobre seus direitos enquanto cidadãos. Uma inquietação me rondava: até que ponto a postura inclusiva do CIEJA conflitava com o que as famílias ensinavam dentro de casa? Era preciso conhecê-los fora do contexto escolar, em outros ambientes, saber os locais que frequentavam, o que faziam, do que gostavam, como se relacionavam em outros espaços. Essas informações poderiam nortear o trabalho pedagógico em sala.
Nessa época, como o transporte escolar era destinado somente para crianças, não contávamos com o serviço. Com isso, as mães levavam seus filhos adolescentes e ficavam na escola aguardando o horário de saída (como as aulas tinham duração de 2h30, para elas, era mais vantajoso esperar). Durante a espera, essas mulheres conversavam, riam, se juntavam para fazer a unha, para levar comidas. Mesmo após conseguirmos a perua, elas continuaram a aparecer na unidade para se encontrar.
 
Imaginei que aquele grupo, pela primeira vez na vida, teve que “soltar” seus filhos e encontraram ali um espaço para compartilhar vivências. Conversei com a diretora sobre essa movimentação e sobre minha inquietação e ela me desafiou a realizar um trabalho com os pais. Pouco tempo depois, em março de 2008, o projeto Café Terapêutico   teve início com o objetivo de reunir os estudantes com deficiência e suas famílias para debater a inclusão.
 O Café Terapêutico
O primeiro encontro contou com a participação de 11 pessoas entre pais e responsáveis, alunos com e sem deficiência e funcionários. Não tinha claro como seria o formato do Café, mas sabia que era fundamental que os adolescentes participassem juntos com seus pais, para que aprendessem sobre seus direitos fundamentais de falar, ser ouvido, decidir, escolher, opinar, etc. Todos gostaram da iniciativa e passamos a realizar as reuniões semanalmente.
Comecei a descobrir, aos poucos, como eram aquelas relações familiares. Enquanto eu, em sala de aula, procurava incentivar a autonomia dos estudantes, em casa, eles ouviam coisas como: “deixa que a mãe coloca a comida para você” ou “pode deixar que a mãe te dá banho”. Por isso, traçamos um formato de trabalho que poderia ser desenvolvido junto ao grupo e que propiciasse a criação de vínculos afetivos. Era fundamental que os pais se conhecessem, formassem uma rede de solidariedade e amizade e, principalmente, descobrissem os potenciais de seus filhos.
Nossos objetivos foram surgindo ao longo dos encontros e hoje são:
Propagar a troca onde as diferenças em virtude das deficiências sejam minimizadas e esclarecidas;

Difundir a rede solidária entre pais, filhos, amigos e profissionais;
Propiciar discussão e reflexão de temas sobre cidadania, identidade, solidariedade, saúde, afetividade, educação inclusiva, escola de todos e para todos;
Discutir a relação entre diferenças x deficiências para quebra de preconceitos;

Divulgar e esclarecer os processos de aprendizagem e práticas educativas do CIEJA Campo Limpo;

Multiplicar formação e circulação de informações.
 Estratégias e parcerias
As ações sempre foram pensadas para que os participantes falassem sobre suas angústias, conquistas, anseios e contribuíssem com suas histórias de vida para que os outros responsáveis também pudessem se mobilizar na busca por soluções para seus problemas cotidianos. A utilização de pequenos textos para sensibilização e discussão, apresentação de slides com textos e imagens, pequenos vídeos, fotografias e dinâmicas são valiosos instrumentos utilizados nos encontros que, agora, acontecem quinzenalmente. As reuniões têm sempre um tema, apresentado junto a uma imagem, para facilitar o entendimento dos jovens com deficiência intelectual. Temos o cuidado de fazer a audiodescrição de tudo o que mostramos.
Além dos encontros, realizamos outras atividades, como:
• Café Musical: análise de letras de músicas dentro de um contexto que seja pertinente à realidade do grupo e que possa contribuir para a sensibilização;
• Café Sarau: pais e filhos preparam apresentações de música, leitura de textos, poesias, apresentações de danças etc, para os outros participantes;
• Café Terapêutico Solidário Animal: onde fizemos a multiplicação da formação recebida sobre posse responsável e proteção animal;
• Cine Café Terapêutico: sessões de filmes que tratam de questões de inclusão, deficiências,direitos humanos etc.
• Encontros de aniversário: realizado anualmente no Teatro Oscarito, localizado no CEU Casa Blanca, próximo à escola.
Usamos diferentes mecanismos para que todos sejam informados sobre as reuniões: entregamos bilhetes para os estudantes com deficiência, fixamos folders nos murais de aviso do CIEJA e divulgamos todas as iniciativas nos blogs do Café Terapêutico   e do CIEJA Campo Limpo 
Com o tempo, muitos temas de discussão foram surgindo e passei a ir atrás de parceiros para mediar as conversas. Já trouxemos médicos, dentistas, comerciantes do bairro, representantes de instituições, políticos. Toda pessoa ou organização que faz uma palestra em nosso espaço se torna uma parceira.
 Avaliação
Contamos com registros escritos e relatos audiovisuais nos quais os participantes falam da importância de participar do grupo. Os pais se sentem muito satisfeitos em ouvir seus filhos – cada um a seu modo – se colocando frente às questões trazidas nos encontros, o que gera momentos de muita emoção. Possibilitar que os estudantes deficiência sejam respeitados e tratados como jovens e adultos, e não como crianças, é valorizar a eficiência do ser humano.
Os trabalhos do Café Terapêutico são amplamente divulgados com a intenção de que escolas e outras instituições que trabalham com pessoas com deficiência também desenvolvam esse olhar diferenciado para as famílias. Hoje, as reuniões, que inicialmente foram planejadas para as famílias dos alunos com deficiência do CIEJA, são abertas para todas as pessoas que tenham interesse em discutir temas fundamentais para a construção de uma inclusão efetiva em todos os espaços da sociedade.
 Reconhecimento
Ao longo de um percurso trilhado com muito amor e dedicação, colecionamos algumas premiações municipais, estaduais e nacionais, dentre elas:
Prêmio Construindo a Nação do Instituto da Cidadania Brasil - 2º lugar no estado de São Paulo em 2012 e 2013;

Prêmio Paulo Freire de Qualidade do Ensino Municipal da Prefeitura de São Paulo - Menção Honrosa em 2013;
Professor Destaque – 2014 – DRE Campo Limpo – categoria Educação de Jovens e Adultos

Prêmio Educação em Direitos Humanos na cidade de São Paulo - 1º lugar na categoria “Professor” em 2014;
Prêmio Darcy Ribeiro de Educação  Comissão de Educação da Câmara dos Deputados  Menção Honrosa em 2015.
 
 

 
 
 

Dançar e sonhar.

Mais uma ação da Equipe do Café Terapêutico
Projeto Mexa-se - pois quem dança seus males espanta apresenta  mais uma balada especial com o tema :
 
Encontro de Gerações.
 
Participação especial do amigo e parceiro :
 
 

INCLUSÃO se faz com AÇÃO para mais INCLUSÃO.

Formar e informar
Este foi o eixo do encontro de hoje que teve como tema :



 Os referenciais teóricos utilizados para o
encontro foram os livros:
LBI NA PRÁTICA  - A Lei Brasileira de Inclusão na vida cotidiana das pessoas com deficiência .
  1. Estudo comparado da Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência.
Ambos de autoria da amiga  Maria Isabel da Silva   ( Jornalista e Assessora Técnica de Gabinete atuando como gestora da Assessoria de Comunicação Institucional da Secretaria de Estado dos Direitos das Pessoas com Deficiência do Governo do Estado de São Paulo ).

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

CIEJA Campo Limpo promove “III Festival Literário no CIEJA”

CIEJA Campo Limpo promove “III Festival Literário no CIEJA”

O FLIC surgiu de um projeto encabeçado por alunos e professores

No dia 27 de outubro, o Centro Integrado de Educação de Jovens e Adultos (CIEJA) Campo Limpo promoverá a terceira edição do “Festival Literário no CIEJA” (FLIC). O festival, que já foi realizado em 2014 e 2015, acontecerá das 8h às 22h, no próprio CIEJA.

Em 2014, o evento se resumiu a um encontro de troca de livros, como relata Carolina Tomoi, professora de linguagens e códigos do CIEJA desde 2013. Com o sucesso que o FLIC fez, houve a decisão de continuar expandindo o projeto. “Foi nesse primeiro encontro que surgiu a ideia do evento ser anual”, diz a professora.

O FLIC, de uma feira de troca de livros em seu início, evoluiu em 2016, e terá novas atividades. Na edição deste ano, o evento contará com oficinas de escrita, rodas de conversa com autores, saraus e exposição de contos e histórias.

Carolina conta que, neste ano, a FLIC tem o objetivo de proporcionar o encontro entre alunos, escritores e literatura. Não é só neste encontro que o festival se apoia. “A proposta é mostrar a literatura para que os alunos percebam a importância da leitura, que isso não é algo distante, e que ela existe na periferia”, diz Carolina.

Pensando nessa aproximação entre os jovens e a literatura, o FLIC trará autores das regiões do Campo Limpo e M’Boi Mirim para participar das rodas de conversa com os alunos. A maioria desses poetas e escritores, como conta Carolina, faz ou fizeram parte dos coletivos artísticos, como o Cooperifa ou Sarau do Binho, que, segundo ela, retratam a identidade cultural da região.

Inovação – A grande expectativa da terceira edição do FLIC está no lançamento digital de uma coletânea de histórias, que foram feitas pelos alunos. “A inovação para esse ano será a exposição da obra desses alunos, para valorizar a escrita deles como autores”, avalia Carolina. O trabalho foi fruto de uma oficina de escrita realizada com os alunos, nas últimas duas semanas de setembro deste ano, na qual eles desenvolveram textos e histórias com base no tema “Política e Ditadura Militar”. O livro foi feito com a reunião de alguns destes trabalhos. A apresentação do material será feita no dia 27, durante as atividades da FLIC.

A criação do projeto - Há dois anos, a primeira versão do FLIC foi encabeçada por uma das turmas do CIEJA, que desejava criar um evento para a unidade escolar, procurando promover a literatura na escola. A unidade escolar, por sua vez, apoiou o movimento e decidiu auxiliar na organização do evento.

Benefícios da literatura - Segundo a professora do CIEJA, após a realização dos dois encontros de literatura, o CIEJA e seus alunos obtiveram avanços. O interesse pela literatura aumentou consideravelmente e isso se refletiu nos espaços da unidade. “A utilização da biblioteca, que era quase nula, aumentou muito após essas ações”, completa Carolina.Além do uso da biblioteca ter aumentado, o interesse dos alunos pela escrita também aumentou. “Eles sempre tiveram muita dificuldade em se expressar pela escrita, eles tinham o que falar, mas não conseguiam escrever sobre isso”, diz Carolina. Ela credita esse desenvolvimento ao fato de que os estudantes se descobriram como escritores, o que acarretou na melhoria de seu aprendizado.

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Primeiros ensaios Coral D.A. CIEJA Campo Limpo


Atividade desenvolvida com alunos da Sala de Apoio e Acompanhamento a Inclusão, com especialidade em Deficiência Auditiva.

terça-feira, 18 de outubro de 2016

UNESCO




UNESCO EducationUIL
Integrated Centre for Adult and Youth Education (CIEJA)
Country Profile: Brazil
Population
202,768,562 (2014, IBGE estimation)
Poverty (Population living on less than US$1.25 per day)
6% (2009)
Official language
Portuguese
Youth literacy rate (15 – 24 years, 2015, UIS estimation)
Female: 99.22%
Male: 98.60%
Both sexes: 98.91%
Adult literacy rate (15+ years, 2015, UIS estimation)
Female: 92.90%
Male: 92.24%
Both sexes: 92.58%
Statistical sources
Programme Overview
Programme Title
Centro Integrado de Educação de Jovens e Adultos (CIEJA, the Integrated Centre for Adult and Youth Education)
Implementing Organization
Municipal education department of the city of São Paulo and the Regional Education Directory of Campo Limpo
Language of Instruction
Portuguese
Funding
Municipal education department of the city of São Paulo and sporadic partnerships
Programme Partners
NGO Capão Cidadão, Projeto TV Doc Inclui and Projeto Viela
Date of Inception
1999

Country Context
Over the past two decades, quality of life indicators in Brazil have improved in terms of education, living conditions and wealth, with the percentage of the population living on less than US $1.90 per day falling from 13.6 per cent in 2001 to 4.9 per cent in 2013. Free primary education is now universal, while the 2012 National Pact for Literacy at the Right Age aims to improve the literacy skills of children, helping ensure that every child has satisfactory literacy skills by the age of 8 years old (Brazilian Ministry of Education, 2012). Although illiteracy rates among young people and adults fell from over 18 million in 1980 to nearly 12 million in 2015, much remains to be done to improve the access to and quality of education for youths and adults. This effort would benefit from including the underprivileged communities in the literacy process.
In the city of São Paulo, an initiative was launched to create spaces offering flexible educational opportunities to young people and adults. It aims to empower youth and adults to be socially, economically and politically active citizens throughout their lives.

Programme Overview
The Campo Limpo Centro Integrado de Educação de Jovens e Adultos (CIEJA) (Integrated Centre for Adult and Youth Education) was established in 1999 in the city of São Paulo. CIEJAs were originally known as Centros de Educação Municipal de Ensino Supletivo (CIEMENS or Municipal Centres for Supplementary Study) and were at first headquartered in church facilities. CIEJA began offering educational activities dedicated to young people and adults in 2001, in cooperation with municipal authorities. In the same year, the CIEJA programme was adopted as a permanent policy by the municipal authorities. There are currently 14 units implementing the CIEJA approach/programme. This case study focuses on the work and results of CIEJA Campo Limpo.
The focus of this initiative is to provide inclusive education for young people and adults. It owes much to the inspiration of philosopher and educator Paulo Freire. Innovation and creativity are the leading principles of the directing administrative team, employees and teachers, alongside a commitment to work for the education of all as a mean to positively transform lives. This commitment stems from an understanding and acknowledgement of the target groups as active producers of art, culture, entertainment and knowledge. In addition, the initiative recognized cultural agents within neighbourhoods as crucial elements in the development of activities and a curriculum addressing value creation and transformation in the community.
The target groups benefitting from the programme include out-of-school young people and adults who have not completed school and seek to improve their literacy and basic skills for better work opportunities and living conditions, as well as for personal development. Among CIEJA’s learners are people from minority groups, immigrants (two students from Haiti have enrolled in 2016), and people from indigenous communities.
The programme enrols an average of 1,322 students per year (approximately 60 per cent of them women, 30 per cent young people) and focuses on the local communities and surrounding areas. Enrolment is open all year round. The number of students varies according to the level of interest within the community in education and the day-to-day demands and responsibilities of their lives.

Aims and Objectives
CIEJA aims to provide inclusive education to minority groups and immigrants, as well as to learners with indigenous backgrounds who have recently become aware of how their heritage affects their lives. The programme also aims to improve participants' awareness and understanding of gender and intergenerational biases and challenges. With regard to the last aim, it is interesting to note how often two generations of the same family have participated in the programme.
Other specific objectives include:
  • Improving learners' cultural understanding of their own and other cultures.
  • Improving learners' understanding of their own social and ethnic backgrounds.
  • Acquiring a better understanding of learners' possible disabilities and improving their quality of life with them.
  • Empowering students to work within their community to create positive changes.
  • Fostering collaborative work within and outside learners' communities.
One of the common goals of learners when they enroll in the programme is to become more involved in the learning process of their children. It is also one of the most observed outcomes of the programme.

Programme implementation
The Campo Limpo unit currently relies on the work of 35 facilitators. Facilitators have the status of civil servants and are assigned to work in their respective units after successfully completing the required exams and selection process. Facilitators work with an average of 15 learners at a time.
CIEJA offers six distinct periods, each lasting two and a half hours. This approach is based on legislation allowing students to fulfill half of their required study hours outside the classroom. Instead of the traditional grade divisions, students are divided into four levels (called ‘models’), according to their knowledge levels: literacy, post-literacy, intermediate and final. In each of the six time periods – from 7.30am to 10pm – there are classes for all four modules working at the same pace. This allows for flexibility so learners who miss a class, can attend the same class at a different time and catch up on what they have missed. The administration’s office is open during teaching hours, so that students can enrol and join a class at any time.
The Campo Limpo unit has extensive partnerships with the community. These result in events, visits, field trips and learning activities. The opportunity to become a CIEJA partner is open to anyone who proposes valuable educational activities for CIEJA learners. Examples of events organized in partnership with the São Paulo community include the twelfth seminar on black participation in education (celebrating and raising awareness of the challenges which must be overcome in order to create a more inclusive education system for Afro-Brazilians), the third annual seminar on indigenous communities, a therapeutic coffee break group with panel discussions, lectures and workshops, and cultural activities involving more than 600 participants at a time.
The Campo Limpo unit and the CIEJA programme as a whole aim to create a space where students can discuss the challenges and problems they face in their everyday lives and receive support in finding solutions. Learning content is therefore useful and applicable to their contexts and needs.

Enrolment and Assessment of Learning Needs
Enrolment is open all year round. Learners progress from the first to the second cycle according to the development of their reading, writing, textual interpretation, and critical thinking skills. Learners are enrolled after undertaking a diagnostic activity. The diagnostic activity engages the prospective learner in a series of reading and writing exercises, e.g. reading a short sentence or a dictation, to assess their existing literacy and numeracy skills and identify possible difficulties. An initial orientation is then given to learners to familiarize them with the facilities and opportunities within the programme.
After undertaking the diagnostic activity students are placed in either the first or the second cycle of the programme. In the first cycle, activities are carried out with the support of a facilitator. It is during this cycle that the bulk of literacy activities take place. In the second cycle, learners lead activities themselves and it is during this time that post-literacy activities are incorporated into apprenticeship training, making the learning process more dynamic. This cycle introduces a division of learning into four categories: humanities, languages and codes, cognitive sciences and mathematics. At the beginning of the 2016 school year, students suggested topics that were grouped into four main generating themes:
  • Family,
  • Food,
  • Work,
  • Sports and travel.
Assemblies for learners and facilitators are held regularly and constant communication between facilitators, administration and students, within and outside the classrooms is encouraged and maintained in order to identify challenges and solutions to the problems faced.

Programme Content and Approach
Each semester, students choose a broad subject area they wish to explore, which might be an abstract concept. The choice is made within the group. Initially, teachers attempt to draw out learners' existing knowledge related to the given topic, highlighting how that is affected by and affects their lives, and then try to broaden the concept to more abstract knowledge. Learners must draw from the thematic work ways of including the community through presentations and plans for interventions.
As well as studying the semester’s chosen subject, students are divided into classrooms dealing with one of four broad areas of knowledge, including: languages (Portuguese and English); humanities (history and geography); cognitive sciences (natural sciences and philosophy); and logical and artistic essays (mathematics and the arts).
At the end of the month, the learners are rotated to a different area of knowledge, allowing them to study all the areas. This teaching methodology aims to empower students and motivate them to be proactive and autonomous researchers in different fields, providing them with the chance to learn about different fields. The objective is to enable them to continue learning after they leave CIEJA, and to be capable of developing innovative and creative solutions to improve their own lives, and those of their families and communities. That aim is supported through the kind of activities learners are involved with during their time at CIEJA. These are usually centred around a real situation or problem and allow learners to apply the knowledge they have acquired in a real-life situation.
The programme uses textbooks distributed by the government as well as other learning and teaching material independently developed by CIEJA staff.
The main thematic focus areas included are:
  • Basic literacy and numeracy skills;
  • Post-literacy;
  • Life skills;
  • Health;
  • Professional training and income-generating competencies;
  • Poverty reduction;
  • Multilingual contexts;
  • Democratic citizenship;
  • Family and inter-generational learning;
  • Support to literate environments;
  • Sustainable development;
  • Sustainable community;
  • Gender;
  • Literacy for the workplace;
  • Ethnic and racial issues;
  • Issues concerning indigenous communities;
  • Issues concerning the lives of young people;
  • Issues concerning the lives of animals.
Learners with special needs are welcome and receive special attention. In 2016 there were 300 learners on the programme with a disability. These included hearing, visual and cognitive disabilities. Learners with special needs and disabilities can join in special activities. A specific area is dedicated to these special activities, known as the ‘Room for Supporting Students with Inclusion’. Activities include taekwondo, painting, playing instruments and capoeira.

Other activities
In order to support understanding of the challenges faced by indigenous community in São Paulo, CIEJA carries out many outreach activities with the community. This series of activities is now taking place for the fourth time, bringing together people from different indigenous groups within the city with non-indigenous people. Through these activities, CIEJA has been able to help some of its learners discover their indigenous background, lost during their ancestors’ migration from rural areas to the city of São Paulo.

Monitoring and Evaluation
Evaluation and monitoring take place through various assessment activities conducted throughout the programme. Learners also fill in assessment forms concerning their overall experience at the school, including their everyday lives, the topic addressed, teaching methods and proposed activities. External evaluations of the programme are conducted through monitoring by the regional educational directorate in Campo Limpo, specifically by a superintendent who visits the unit frequently to oversee and evaluate the activities undertaken.

Impacts and Challenges
The verifiable impact of CIEJA is in the visible transformation of the community in the Campo Limpo unit and in the district at large. As the experience and needs of learners are given priority, learners actively participate in the decision-making process. The aim is to ensure the school remains a supportive environment for their daily lives outside school, and that learners have a support system to make their plans for the future a reality. Through the constant contribution of several participants and partners, the project has achieved many results in terms of the quality of educational delivery: activities on themes have been suggested by participants, community projects have been started, a curriculum which caters to the demands and issues within the region, including violence, discrimination, drugs, and abuse of power has been created.
Learners also report that participating in the CIEJA programme has put them in a better position to be involved in the development and education of the children for whom they are responsible.
The main challenges faced by the programme have been:
  • Working with different generations and integrating their different interests, needs and perspectives in the educational offer.
  • Lack of space and resources, which has made the implementation of activities challenging.
  • Low number of facilitators. Increasing the number of supporting facilitators and the space available is crucial to both continuity and achieving the programme’s objectives of providing empowering learning experiences to adults who would not have the same opportunities otherwise.
Testimonies
I learned about CIEJA through a colleague at work, and, as I had already been living here for five years without studying due to prohibiting working hours, I decided to come and learn more about CIEJA and I really enjoyed it. I noticed it was a welcoming place without discriminations. While studying here I have learned many things, among them how to write texts, do calculations, the importance of the environment, the issues the indigenous communities face in securing their territories, racism and many other things. What has stood out for me was the inclusion which exists here for people with special needs, and after this one year I can say I do not think the same way I did before … This year at CIEJA has awoken my desire to study so that one day I can also teach and awaken this desire in others as well. Veronica N., a CIEJA learner.

Lessons Learned
  • Commitment to social change is crucial, and for facilitators it is vital to incorporate the needs and expectations of beneficiaries to the educational offer, as well as understanding their background, perspectives, positions and realities.
  • Constantly debating and studying issues present in everyone’s lives, such as ethnicity, gender, intergenerational conflict, environmental rights, food and nutrition, and family and youth issues is crucial to delivering a productive and empowering programme yielding important results.
  • Creating a new educational model, incorporating bottom-up and contextually conscious initiatives, developed through discussion and knowledge sharing, is not only feasible but something to be strived for.
Sustainability
Funding for the programme is unfortunately scarce and CIEJA has come close to being discontinued several times. Nonetheless, it has now run for 15 years, proving that the benefits of the programme are significant and that its willingness to continue serving the Campo Limpo community remains strong. The involvement of the community at large has also helped ensure that everyone in the district is aware of the presence of CIEJA and of its role within the city and the community. The intention is to bring the project to the state and national scales with allocated funding ensured by law through the implementation of new policies by federal government.

Sources
Contact
Ms Eda Luiz
Director/General Coordinator
Rua Cabo Estácio da Conceição, n. 176 Parque Maria Helena – São Paulo – Brazil
Tel:(0055)(11) 58063701
blogdociejacampolimpo.blogspot.com
ciejacampolimpo@prefeitura.sp.gov.br
ciejacl1999@gmail.com
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