sexta-feira, 27 de outubro de 2017

Educação é arte ... representar faz parte.

Alunos que participam das Oficinas teatrais com a professora Ana Karina Manson em processo de  criação da próxima peça.






Os ingredientes para a realização do trabalho são:


Corpo

Coração

Alma 

Mente

Um encontro semanal em que dividimos e unimos ideias, indignações e emoções para a construção de um trabalho coletivo e significativo.

Colaboração: Ana Karina Manson



Livretos sobre educação e resistência disponíveis para download gratuito.




Três livretos, três temas urgentes do presente:

http://viradaeducacao.me/resistir

_Resistir até o fim da discriminação racial
_Resistir até que gênero não defina papéis na sociedade
_Resistir até que existam territórios férteis



Os livretos "Resistir Até" nasceram durante a Virada Educação 2017, para ocuparmos os imaginários assim como ocupamos os espaços públicos!

Estamos juntos e juntas nesta criação:


Aline Oliveira, Daniel Ianae, Rayssa Oliveira, Elidia Novaes, Serena Labate, Miguel Thompson, Sheila Alice, Luci Ara Ribeiro, Pilar Lacerda, Maria Clara Martins, Lucas Dantas, Vanessa Oliveira Santos, Gina Vieira Ponte, Fernanda Moura, Naime Silva, Caróu Oliveira Diquinson, Kiusam de Oliveira, Renata Meirelles, Laila Sala, Marilia De Santis, Nadia Recioli, Beatriz Camelo, Lilith Cristina, Mariana Vieira Franco, Carla Domingos, Billy de Assis e mais e mais pessoas...
>> http://viradaeducacao.me/resistir

Espalhem!



{{ Resistência e Educação }} 

Os livretos Resistir Até são uma iniciativa do Movimento Entusiasmo, espalhada durante a Virada Educação 2017, para ocuparmos os imaginários assim como ocupamos os espaços públicos, com vozes que se indignam, resistem, insistem, gritam, sussurram e brincam. 

As pessoas que escrevem nestas páginas foram escolhidas por se engajarem insistentemente na luta contra os muros visíveis e invisíveis ao nosso redor e dentro de nós, contra a opressão de gênero e a discriminação racial. Nossa intenção aqui é aprender com essas vozes que denunciam os absurdos e anunciam outras maneiras de viver. 

Os livretos impressos foram distribuídos gratuitamente durante a Virada Educação 2017 - Território da Consolação (SP) e também estarão presentes nas escolas e outros espaços parceiros do território. Você pode acessar, baixar e compartilhar livremente as versões digitais.

quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Sarau - Transformando palavras em sentimentos

Foi pura emoção!!!

Os alunos trouxeram poemas e também escreveram as suas, transformando em palavras os sentimentos que inundáramos olhos e os corações!!!

Turmas - Aprender - 5º e 6º períodos
 Professoras  - Ana Karina , Débora e Carolina





Colaboração: professora Ana Karina




Balada Especial

Projeto Mexa-se apresenta neste sábado mais uma Balada Especial:

A balada do Óculo Criativo.


Vem aí a Virada Inclusiva 2017.

Prepara!!!

Vem aí a Virada Inclusiva 2017.

CEU Capão Redondo e CIEJA Campo Limpo já estão nos preparativos desse evento ESPECIAL.
Vamos juntos nos possibilitar aprender com as diferenças.
Algumas das atividades ( até o momento ) :
Café Terapêutico
Performance Metade
Performance "Constelação Inclusão"
Bate papo sobre trecho do documentário "Sexualidade em 3D".
Leitura de pequenos textos sobre INCLUSÃO com participação de Mônica Rocha , Billy de Assis, Êda Luiz e Zelita Bittencourt.
Show de Malabaris com a galera do Plano de Menino
Balada Especial
Venham e participem dessa grande festa

Data: 02 e 03 de dezembro.
Local: CEU Capão Redondo


segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Billy de Assis: “ser professor é ouvir o outro”




Professor do Cieja Campo Limpo, em São Paulo, tem as famílias dos estudantes como principais parceiros de seu trabalho
 



“Eu aprendi a enxergar melhor com pessoas que não enxergam. A ouvir melhor com pessoas que não ouvem. A valorizar as minhas ideias com pessoas que sequer entendem o que estou falando. E o mais importante de tudo, aprendi a entender o coração do meu aluno e o meu. O que falta na sociedade é o exercício da empatia”.

Há 10 anos, Severino Batista da Silva, o Billy de Assis, 52 anos, é professor do CIEJA Campo Limpo, unidade que atende jovens e adultos na zona sul de São Paulo. São pelo menos duas horas diárias dedicadas ao atendimento educacional especializado de estudantes com deficiência intelectual na unidade.

Billy sabe da necessidade de ofertar um trabalho pedagógico diferenciado daquele das salas de aula regulares. “Meus alunos têm deficiência sim, mas muitas eficiências que as escolas em geral não veem por ficarem só em torno da leitura, escrita e matemática”.

Suas aulas se pautam na autonomia de cada estudante. “Nós trabalhamos a questão da liberdade, empregabilidade, sexualidade, alimentação saudável, higiene e respeito”, conta.

A percepção, no entanto, nem sempre foi essa. A diversidade chegou a assustá-lo quando teve o primeiro contato com a escola. “Embora eu tivesse gostado da proposta da escola, fiquei perdido de início porque eu tinha a cabeça de um professor de escola regular, não sabia lidar com uma escola que o portão fica aberto, que não faz separação de banheiros, que não tem diário de aula. No começo, eu fiquei arrumando umas desculpas para voltar para a caixinha que eu estava acostumado”.

Mas Billy não desistiu. Teve como primeiro desafio uma turma formada por 15 alunos com Síndrome de Down. “Eu a batizei de turma da alegria”. O trabalho pedagógico ia se construindo de maneira mais lúdica, com o apoio de vídeos, teatro. “Eu via que estava dando certo e que os meninos estavam se apaixonando”, conta.


Billy trabalha pela autonomia de seus estudantes.      Créditos: arquivo pessoal/divulgação

Até que surge uma dúvida. Para o professor, era importante saber se aquela proposta tinha continuidade pelas famílias. “Ficava me perguntando, será que esses familiares os incentivam? Porque eu via que eles tinham capacidades e podiam usufruir de algumas liberdades. Mas também sabia que muitas famílias acabavam os superprotegendo”.

Billy então resolveu chamar uma reunião de pais na escola. Ele percebeu que muitas mães ficavam na unidade aguardando o momento de saída dos filhos. Viu aí uma possibilidade de interação com essas famílias. Talvez ainda não imaginasse o rumo que essa história iria tomar.

O Café Terapêutico

A primeira reunião aconteceu em março de 2007. Ainda tímido, o encontro reuniu poucos pais, e um Billy determinado a conhecer melhor a realidade daquelas famílias e a estabelecer uma parceria para que o trabalho pedagógico fosse fortalecido.

“Ao término da primeira reunião, um pai me perguntou quando seria a próxima. A gente nunca mais parou e já vamos completar dez anos em março de 2018”, comemora.

O Café Terapêutico acontece todas as sextas feiras e conta com um grupo de pelo menos 40 participantes. A agenda comum é a inclusão. “Reunimos pais, alunos, pessoas da comunidade e especialistas parceiros da escola para discutir o que podemos fazer por uma sociedade mais inclusiva”, explica.



O Café Terapêutico foi porta de entrada das famílias na escola. Créditos: arquivo pessoal/divulgação

Os resultados, garante, são uma via de mão dupla. “Além da escola conhecer a vida dos estudantes em profundidade, podemos apoiar as famílias a esclarecer algumas questões, por exemplo, os direitos da pessoa com deficiência”, assegura.
Além das famílias serem as grandes parceiras da unidade, o Cieja ainda conta com uma ampla rede de articulação, que tem em média 200 atores. A partir disso, a escola consegue promover palestras, fazer encaminhamentos para a rede de saúde, promover oficinas e eventos de interesse da própria comunidade, como a “balada matinê” que promove aos sábados para os estudantes com deficiência.
Para Billy, todas as ações geram transformação. “Eu costumo dizer que nós não somos formados em nada, mas transformados. A mãe que tem um filho com deficiência não foi formada para isso. Muitos de nós, profissionais, também não. O que eu quero dizer com isso é que não há melhor formação do que a vivência, a prática cotidiana”.

Uma inspiração a mais
O educador atribui sua atuação à também educadora e diretora do Cieja Campo Limpo, Eda Luiz. “Ela é uma inspiração. Foi a pessoa que me fez perceber que ser professor é muito mais do que ficar em uma sala com lousa. É possível extrapolar tendo sempre em mente o bem do outro”, afirma.

Hoje, Billy acredita que é possível fazer uma educação diferente. “Desde que você pare para ouvir a pessoa que você está recebendo, saiba quais são suas necessidades. Nós estamos aqui para ensinar, mas também para aprender com cada uma das pessoas que fazem a escola”.


Realizando sonhos

https://g1.globo.com/educacao/noticia/quero-fazer-faculdade-diz-aposentada-de-81-anos-que-voltou-a-estudar-para-usar-a-internet.ghtml

A aposentada Maria Thereza de Camargo Oliveira, de 81 anos, voltou a estudar para aprender a usar a internet. Depois quis melhorar a escrita, ter noções de inglês e agora sonha com o próximo passo: ingressar no ensino superior.

"Se Deus me der vida e saúde eu quero fazer uma faculdade. Eu acho tão bonito o pessoal falar faculdade. Aprende isso, aprende aquilo", diz.

Maria Thereza está entre os 1.400 alunos do Centro Integrado de Educação de Jovens e Adultos (Cieja) Campo Limpo, na Zona Sul de São Paulo. A escola é referência no ensino de jovens e adultos. Ela vai à escola todos os dias de manhã, quando chega muito cedo não é rara encontrá-la varrendo as salas para matar o tempo. Duas vezes por semana fica para as aulas de reforço. Também estuda teatro e violão no Cieja.

Nascida em Jaú, no interior de São Paulo, Maria Thereza diz que na infância morava em uma fazenda e tinha de cuidar da casa enquanto os pais trabalhavam. Não sobrava tempo para estudar. Agora é diferente, tempo não lhe falta e ficar parada não é uma opção.

Ela tem um filho, um neto e uma bisneta, mas vive sozinha e conta que não lhe falta nada. Cuida da casa, faz compras e não dorme antes da meia-noite.


"Às vezes eu vejo as pessoas reclamarem, sabe? Mas eu falo: meu Deus, eu sou feliz. Eu praticamente vivo sozinha, mas eu sou feliz, eu venho pra escola, converso com os colegas, com as professoras. Eu tenho tudo na vida. Eu me emociono até quando eu falo."


Virada Educação



Quais são as referências de cada um quando falamos de competências como: empatia, o trabalho em equipe, a criatividade e o protagonismo?
Como as crianças e os jovens participam dos processos nessas escolas?
Convidados do Colégio Equipe e do CIEJA Campo Limpo dialogam sobre questões fundamentais para que crianças e jovens criem senso de responsabilidade pelo mundo e contribuam para torná-lo um lugar melhor.

A atividade tem como base a proposta do programa "Escolas Transformadoras" - uma iniciativa da Ashoka e que no Brasil, é co-realizado com o Instituto Alana.  Fruto da crença de que todos podem ser transformadores da sociedade, o programa enxerga a escola como espaço privilegiado para proporcionar experiências capazes de formar sujeitos com senso de responsabilidade pelo mundo: crianças e jovens aptos a assumir papel ativo diante das mudanças necessárias, em diferentes realidades sociais e amparados por valores e ferramentas como a empatia, o trabalho em equipe, a criatividade e o protagonismo.

http://viradaeducacao.me/experiencia/2017-escolas-transformadoras-na-virada-educação




A arte de ensinar.