terça-feira, 16 de dezembro de 2014

2º Prêmio Municipal em Direitos Humanos

1º lugar na categoria Professores


Categoria Professores 
Realizado periodicamente, o Café Terapêutico reúne mães e pais dos estudantes e demais interessados em dialogar sobre o contexto no qual as pessoas com deficiência estão inseridas. Nas reuniões, os familiares debatem os serviços públicos existentes para atender seus filhos e também como podem melhorar a aprendizagem deles.

domingo, 14 de dezembro de 2014

E a vitória é nossa


Para a entrega dos prêmios estavam presentes o Secretário Municipal de Educação, Cesar Callegari, o Secretário Municipal de Direitos Humanos e Cidadania, Rogério Sottili, a ex-presidente da Comissão de Justiça e Paz da Arquidiocese de São Paulo, Margarida Genevois, e a representante da Comissão Julgadora do II Prêmio de Educação em Direitos Humanos. Maria Victoria Benevides.


premio_direitos_humanos_3_740_x_430.jpg



premio_direitos_humanos_740_x_430.jpg

Educadores e alunos que se destacaram com práticas de reconhecimento, valorização e estímulo aos direitos humanos foram premiados na noite da última quarta-feira (10) na cerimônia do II Prêmio de Educação em Direitos Humanos. O evento ocorreu no Auditório do Ibirapuera e reuniu cerca de 500 pessoas.


O Prefeito da Cidade de São Paulo, Fernando Haddad, esteve na cerimônia para prestigiar os ganhadores e falou da importância de uma metrópole como São Paulo valorizar a cultura dos direitos humanos.

premio_direitos_humanos_2_740_x_430.jpg


II Prêmio de Educação em Direitos Humanos revela vencedores

Projetos de estímulo aos direitos humanos foram premiados na última quarta-feira - 10.12.14

Segundo Eduardo Bittar, Coordenador de Educação em Direitos Humanos e Cidadania da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania (SMDHC), 100 projetos foram inscritos este ano, sendo 52 projetos de professores, 23 de unidades escolares, 15 de estudantes e 10 de grêmios estudantis. As inscrições superaram os números de 2013, onde 63 projetos foram inscritos.
A iniciativa premiou 12 projetos nas categorias Grêmios Estudantis, Estudantes, Professores e Unidades Educacionais e fez menção honrosa a quatro projetos, nas mesmas categorias.
Confira os premiados:

Categoria Professores

1º colocado – Projeto: Café Terapêutico

Profº Responsável: Severino Batista da Silva - prof. Billy

CIEJA Campo Limpo – DRE Campo Limpo



Fonte; http://portal.sme.prefeitura.sp.gov.br/Main/Noticia/Visualizar/PortalSMESP/II-Premio-de-Educacao-em-Direitos-Humanos-revela-vencedores

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

'Pobreza não explica violência', afirmam especialistas

Avanços sociais não se refletiram nos índices de criminalidade; debatedores apontam falta de convívio como causa.

DE SÃO PAULO
Entre opiniões pessimistas e esperançosas sobre segurança pública, o consenso de que a pobreza não é explicação para a criminalidade no país foi um dos poucos alcançados no debate "Violência tem cura?", promovido pela Folha nesta segunda (1º).

"A violência aumentou nas últimas décadas, apesar dos avanços na redução da miséria e da desigualdade", disse o coronel reformado da PM José Vicente da Silva.

Com experiência diária na educação de jovens infratores, Êda Luiz, diretora do Cieja (Centro Integrado de Educação de Jovens e Adultos) Campo Limpo, concordou.

 "O problema maior é de falta de convívio e de comunicação."

Para fundar a escola, há 15 anos, em uma área disputada por traficantes na periferia de São Paulo, ela envolveu a comunidade. "Hoje deixo a escola aberta das 7h às 23h30. Entra e sai quem quiser."

Ela trouxe ao debate Ânderson Ailton Odorico, 24, ex-usuário de drogas, que até os 20 anos nunca tinha pisado numa escola. "Ninguém mais acreditava em mim. Na escola, tive uma nova chance."

Para o jornalista Gilberto Dimenstein, mediador da mesa, a violência vem da "baixa convivência entre as pessoas".

A secretária nacional de Segurança Pública, Regina Miki, defendeu uma mudança constitucional que permita maior participação do governo federal na segurança. "Nós nos sentimos meros repassadores de recursos."

O vice-presidente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Renato Sérgio de Lima, ressaltou que as políticas sofrem pela falta de continuidade. "Muda o governo e perde-se o que se tinha obtido."

O juiz da 1ª Vara Especial da Infância e da Juventude de São Paulo, Egberto Penido, defendeu a justiça restaurativa, que reúne infrator, vítima e pessoas do convívio de ambos. "O diálogo ajuda a romper o círculo da violência", disse.

O debate marcou o lançamento do projeto final da 58ª turma de trainees daFolha (folha.com/violenciatemcura).

    quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

    terça-feira, 2 de dezembro de 2014

    Emocione-se

    Assistam o vídeo entrevista de Êda Luiz e do nosso amigo Anderson ( Alemão ) .

    http://arte.folha.uol.com.br/treinamento/2014/11/30/violencia-tem-cura/mobile/sao_paulo.html

    Refúgio no triângulo da morte

    Escola não controla acesso, troca carteira por mesa comunitária e atrai jovens e adultos dos bairros mais violentos de São Paulo
    CAROLINA DANTAS
    DA EDITORIA DE TREINAMENTO

    Uma escola localizada no centro do chamado triângulo da morte de São Paulo –Jardim Ângela, Jardim São Luís e Capão Redondo– mudou a rotina da região ao ajudar a resolver problemas dos frequentadores, em vez de só propor soluções, como é comum no ensino.
    O Cieja (Centro Integrado de Educação de Jovens e Adultos) Campo Limpo funciona de portões abertos. Três edifícios compõem a escola, junto a um pátio interno, cercado por árvores Primavera (Bougainvillea).
    Não há carteiras nas salas de aula. Os alunos se sentam em grandes mesas redondas comunitárias. No refeitório, são servidos café da manhã, almoço e jantar. A escola municipal é um refúgio para pessoas com deficiência (há 282 delas), jovens que cumprem medida socioeducativa (há 20 deles) e para qualquer pessoa com mais de 14 anos que queira estudar e aprender a ler. A aluna mais velha, recém-alfabetizada, tem 92 anos.
    A diretora Êda Luiz, 66, estabeleceu que a palavra-chave ali é acolhimento, independentemente do que aconteça e do que o estudante tenha feito no passado. “Escola só dá certo se lida com os problemas ao redor. Estamos aqui para ensinar, mas também para resolver”, disse.
    O ambiente é permeável à comunidade: vizinhos entram e saem da escola a todo momento, inclusive para fazer as refeições. Moradores de rua e dependentes de drogas são recebidos no refeitório da mesma maneira que os estudantes matriculados, funcionários e professores.
    Nas mesas, o clima é de harmonia, com todos se tratando pelo nome.
    As questões pessoais dos alunos se tornam desafios em sala de aula. Adolescentes que cumprem medidas socioeducativas frequentam a escola -a maioria deles apreendidos por roubo, furto ou tráfico de drogas. Antes de chegar ao colégio, Ânderson Ailton Odorico, hoje com 24 anos, trabalhava entregando droga de um canto para outro da comunidade. Nunca foi pego pela polícia. Pisou em uma sala de aula pela primeira vez aos 20 anos, quando chegou à escola. Nunca havia feito uma refeição sentado a uma mesa até então.
    A primeira lembrança que guarda é de, aos 4 anos, ter sido expulso de casa com a mãe. O pai estava jurado de morte. Obrigou a família a ir morar em outro lugar, sem se importar qual. Mãe e filho dormiram embaixo da Ponte do Socorro, em Santo Amaro (zona sul), por dois anos, até que uma amiga lhes ofereceu uma casa no Jardim Ângela, bairro com a maior taxa de homicídios da capital.
    A mãe de Ânderson começou a se drogar. “Ficava chateado porque ela não me dava atenção. Passava correndo na frente dela e dava um tapa no cachimbo de crack”, contou. Aos sete anos, Odorico também entrou no mundo dos entorpecentes. Fumava maconha e, um ano depois, passou a consumir cocaína e crack. A mãe teve mais três filhos que, como ele, eram obrigados a pedir comida nas casas do bairro.
    Eu não  gostava de usar droga com a minha mãe. Não a reconhecia quando ela estava sob o efeito da droga. Para não usar mais com ela, fui sozinho para a cracolândia”, diz Ânderson.
    Morou dois meses com outros usuários de crack no centro de São Paulo, período em que atuou como traficante de drogas. O educador Marcos Lopes o encontrou comendo detritos do lixo e ofereceu ajuda.
    O rapaz foi levado para um centro de reabilitação onde passou oito meses internado. Pouco tempo depois, sua mãe morreu de câncer.
    Êda deu um emprego a Odorico na escola e, por uma semana, abrigou, os três irmãos do rapaz em sua própria casa. “Tem gente que vai julgar nosso envolvimento. Mas vou te dizer: só funciona assim. Já tentei ajudar de outro jeito, mas o buraco é mais embaixo”, afirma.
    Para despertar seu interesse em aprender a ler, a diretora deu-lhe um celular. “Ele queria paquerar por mensagem, mas não conseguia escrever. Usei isso a meu favor”, lembra.
    Ânderson continua frequentando a escola, sabe ler bem, mas tropeça em algumas palavras ao escrever. Não usou mais drogas, exceto uma “ramelada com maconha”, como ele mesmo contou.
    Sua meta é terminar o ensino fundamental e se tornar um bom mecânico. “Quero muita coisa. Ter uma casa, um carro, quero cuidar dos meus irmãos.”

    Assalto

    Nem sempre a tática do acolhimento dá certo. A professora Valeska Cizauskas, 31, especialista em Libras (Língua Brasileira de Sinais), conversou pessoalmente com o homem que a assaltou à mão armada.
    Roubada em frente ao Cieja, em 2011, teve seu carro levado por três adolescentes, logo apreendidos pela polícia. Reconheceu os rapazes na delegacia e eles foram encaminhados à Fundação Casa.
    Cerca de um ano depois, um deles foi estudar na escola. “Ele pediu para conversar comigo. Na hora, topei, mas fiquei muito mexida porque lembrei de toda a história. Só que eu trabalho com isso, todos os dias eu explico para os meus alunos que as pessoas precisam de uma segunda chance”, diz Valeska.
    O jovem e a vítima acertaram que fariam uma oficina de pipa juntos. “Eu contei do medo que passei. Disse que ele poderia ter acabado com minha família por uma coisa tão fútil. Ele escreveu uma carta pedindo perdão. Disse que rezaria por mim. Também pedia para eu não fraquejar”, lembra a professora.
    Os dois deveriam se reencontrar um mês depois, mas o rapaz, após frequentar a escola por algumas semanas, voltou a roubar. Foi preso pela polícia em Osasco. Cerca de 40% dos jovens que vêm da Fundação Casa desistem da escola da zona leste. A evasão geral dos alunos é de cerca de 18%, segundo dados do ano de 2013.
    “Estamos concorrendo com um mundo violento, no qual ganhar dinheiro é muito fácil. E sem precisar estudar. Acho natural que alguns jovens ainda se sintam atraídos pelo tráfico. Ainda mais com a oferta batendo literalmente à porta do lugar onde moramos”, explica a diretora Êda Luís.
    Quando um jovem chega ao colégio, a direção recomenda que nem professores nem alunos perguntem sobre o passado do novo estudante. É direito dele querer contar ou não.
    Para todos os alunos, deficientes físicos, moradores da comunidade, ex-traficantes, traficantes, dependentes de drogas, jovens sob liberdade assistida, a mesma pergunta é feita: “Qual é o seu sonho?”. “O que me desafia é escutar, de início, que eles não têm um sonho. Meses depois, eles aparecem sabendo o que querem. Isso basta”, diz Êda.
    Os alunos chegam, em geral, com defasagem no ensino fundamental em relação à idade que possuem. Os nove anos regulares do ensino fundamental, no caso dos Ciejas, são transformados em quatro.
    aissat/Folhapress




    Ânderson Ailton Odorico, 24, ex-usuário de crack e estudante da escola Cieja Campo Limpo, localizada no Capão Redondo (zona sul de SP)
    Zanone Fraissat/Folhapress

    Corredor de entrada do Cieja Campo Limpo, na zona sul de São Paulo; ao fundo, árvores primavera
    Zanone Fraissat/Folhapress

    Da janela da sala de aula se vê a comunidade do Godoy, no Capão Redondo, zona sul
    Zanone Fraissat/Folhapress

    O prédio da escola Cieja Campo Limpo é pintado de verde para não lembrar as presídios de São Paulo
    Zanone Fraissat/Folhapress

    Biblioteca do Cieja Campo Limpo (zona sul de SP), cujo nome é uma homenagem à diretora Êda Luiz
    Zanone Fraissat/Folhapress

    Êda Luiz, 66, diretora do Cieja Campo Limpo, no bairro do Capão Redondo, zona sul de São Paulo
    Zanone Fraissat/Folhapress

    Nas salas de aula, estudam 282 alunos com deficiência entre os cerca 1.300 que convivem diariamente no Cieja (zona sul de SP)
    Marcos Lopes/Projeto Sonhar

    Ânderson (ao fundo) come à mesa pela primeira vez aos 20 anos, em escola da zona sul de SP
    Arquivo Pessoal

    Ânderson com a mãe, Adriana, meses antes de ela morrer de câncer; ele estava internado para tratar o vício em crack
    Ali não se registram advertências aos estudantes nem há período de recuperação. Alunos com dificuldades nos colégios da região enxergam no Cieja a possibilidade de um recomeço. “Outros colégios desistem de alguns alunos tidos como problemáticos e os encaminham para um centro de ensino de jovens e adultos”, explica a coordenadora da escola Cristina Sá.
    Todos os 14 Ciejas de São Paulo reservam um dia para os professores fazerem planejamento. A diretora usa as sextas-feiras para discutir casos específicos dos alunos e para formar os educadores na filosofia da escola. Neste dia, não há aula. ”É um trabalho de formiguinha”, diz Êda. Vários professores não se adaptaram e pediram transferência. “Tem gente que não acredita em um ensino que não impõe autoridade. Nós acreditamos”, afirma Cristina.
    Além dos custeios básicos pagos pela Prefeitura (folha salarial de professores e funcionários, manutenção e merenda), o centro recebe R$ 78 mil durante o ano de ajuda do governo federal.
    Num dos dias em que a Folha visitou a escola, um morador da mesma rua apareceu em frente à entrada, com um carrinho de sucata com o pneu furado, perguntando: “Cadê a dona Êda?”, “Preciso de ajuda para arrumar meu pneu”. A naturalidade do pedido mostra como a integração com a comunidade funciona.

    The Mask

    Mais uma ação do Projeto Mexa-se

    The Mask - nossa balada de máscaras

    Comemoração do Dia Internacional da Pessoa com Deficiência e encerramento dos trabalhos do Café Terapêutico do ao de 2014 .











    Agradeço aos pais ( famílias inteiras )  amigos, parceiros  e convidados ( APAE ) que compareceram e curtiram momentos de muita descontração.

    Parabéns especial para equipe de profissionais do Café Terapêutico

    1º Festival de Karatê e Taekwondo do Instituto Olga Kos




    Delegação CIEJA Campo Limpo


    Amo muito tudo isso


    com Dra Mariani Pinotti
    com Gabriel Bronzeri Cordoba
    com a amiga Silvia Liz
      

    Violência tem cura???

    Debate no auditório Folha de São Paulo 




    Participantes:

    Renato Sérgio de Lima
    Regina Miki
    Egberto Penido
    José Vicente da Silva Filho
    Gilberto Dimenstein
    Êda Luiz