Especialistas discutem os desafios do professor de escolas de Educação Integral
Jéssica Moreira
do Centro de Referências em Educação Integral
do Centro de Referências em Educação Integral
Na Grécia Antiga, era na praça pública (ágora) que MESTRES como Sócrates e Platão se encontravam com seus discípulos para discutir política, cultura e ética. Alguns séculos depois, o papel exercido pela praça foi transferido para a instituição escolar, que, desde então, é vista como a principal fonte de saber e conhecimento. No século 21, o desafio é mostrar que tanto a praça quanto todo o restante da cidade podem ser espaços educativos e todas as pessoas que constroem tanto o espaço escolar como o o da comunidade são responsáveis pela educação de crianças e adolescentes.
Foi nessa perspectiva, saindo do prédio escolar e caminhando pela comunidade do entorno, que Eda Luiz, diretora do Cieja Campo Limpo, na capital paulista, descobriu que os estudantes poderiam contar também com os movimentos sociais, ONGs e comerciantes da região nos processos de aprendizagem. A articulação da diretora fez a população se envolver mais com a escola e compartilhar seus conhecimentos. Mães viraram educadoras. Integrantes de movimentos sociais tornaram-se educadores. A Unidade de Saúde local virou fonte de conhecimento e os professores que já atuavam no colégio puderam ampliar suas atividades.
Também nesse caminho, Severino “Billy” da Silva, que é professor de pessoas com deficiência no Cieja há mais de sete anos, entende que trabalhar em uma escola aberta à comunidade o ajudou a criar espaços de diálogo sobre inclusão com as famílias de seus estudantes. A prática cotidiana deu origem ao Café Terapêutico, em 2008. Atualmente, cerca de 70 pessoas participam todas as sextas-feiras do encontro, que vem fomentando o debate em toda a região sobre os direitos da pessoa com deficiência.
Billy afirma que a Educação Integral, que gera articulações entre escola e comunidade, garante que o estudante seja visto como um sujeito de direitos. “Dentro da sua proposta de educação integral, o Cieja Campo Limpo me possibilitou usar toda a minha criatividade em prol do trabalho educativo. Me sinto livre para criar uma infinidade de ações junto com alunos, familiares, comunidade e parceiros, o que enriquece o meu fazer pedagógico e, consequentemente, amplia os horizontes de conhecimentos de todos os envolvidos no processo”.
Na Grécia Antiga, era na praça pública (ágora) que mestres como Sócrates e Platão se encontravam...
JORNALGGN.COM.BR
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