A vida é feita de idas e vindas, talvez para que possamos viver os desafios, as alegrias, os medos, os erros com novos olhares. Na década de 1990 vivíamos uma crise na educação de jovens e adultos, ou melhor, o maior número de abandono. Quase 65% dos jovens e adultos da cidade de São Paulo não completavam o Ensino Básico. Para tentar resolver essa crise surgiu o Centro Municipal de Ensino Supletivo (CEMES). Um curso apostilado, com eliminação de matérias e ensino a distância.
Ao final de dois anos percebemos
que esse modelo não apresentava melhoras nas desistências. A partir de muito
estudo, pesquisa e consulta a Lei de Diretrizes Básicas para Educação - LDB,
surgiu outra proposta, a do Centro Integrado de Educação de Jovens e Adultos -
CIEJA, no Capão Redondo, periferia da zona sul de São Paulo. Na época, o lugar
era considerado um dos bairros mais violentos do mundo, segundo a ONU. Como
estávamos em um lugar novo, com muitas referências de evasão e violência nas
escolas, resolvemos que, para atrair os estudantes, precisávamos mudar as
estratégias. Então, nós abrimos os portões, que seguem abertos até hoje.
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