sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Docentes do CIEJA participaram na Câmara dos Vereadores do debate "Políticas Públicas de Inclusão para Pessoas com deficiência na Educação, Cultura e Esporte .



Fotos - Ricardo Moreno / CMSP


Foi realizado na manhã desta sexta-feira (26/08), no Salão Nobre da Câmara Municipal de São Paulo, o Seminário Políticas Públicas de Inclusão de Pessoas com Deficiência na Educação, Cultura e Esporte, evento que foi considerado pelo vereador Professor Claudio Fonseca, presidente da Comissão de Educação, “o de maior participação de público realizado neste ano na Câmara”.
O Salão Nobre da Casa ficou pequeno para os mais de 500 inscritos no seminário. Foi necessária a transmissão on-line do evento no Auditório Prestes Maia, localizado no 1º andar do Palácio Anchieta.

Incluir sem excluir

Claudio Fonseca (PPS)  destacou a importância da “inclusão sem a exclusão”.


Alexandre Alves Schneider,  secretário municipal de Educação, afirmou que a principal barreira para  a inclusão de pessoas com deficiência é "cultural".  Para ele, "o debate é relevante não só para a educação, mas para São Paulo”.
Segundo o secretário, é a primeira  vez na história que a Secretaria dispõe de orçamento  específico para atender alunos com deficiência: mais de 17 mil. “Contratamos mais de cinco mil profissionais especializados e, a  partir do próximo dia 10 de setembro, o Programa Inclui vai oferecer  aulas para esses profissionais todos os finais de semana”, disse.

Silvana Drago, também da Secretaria Municipal de Educação, destacou que o investimento na pasta  - que era de R$ 13,091 milhões de reais – passou para R$ 17 milhões. “As matrículas para as escolas municipais de ensino especial tiveram queda a partir do momento em que ficou assegurado, por meio de um decreto, vagas para alunos com deficiência no ensino regular”.

 Marcos Belizário fez questão de lembrar: “de acordo com a nossa Constituição, todas as pessoas tem o direito de ir e vir”. Aproveitou para anunciar que a Prefeitura de São Paulo realizará um novo censo na cidade para definir o perfil das pessoas com deficiência.
“Serão distribuídos formulários em todas as residências para sabermos quantas são as pessoas com deficiência e quais são as necessidades”. Belizário reconhece que a cidade de São Paulo nunca teve um olhar voltado para essas questões. “São mais de 500 anos que a cidade foi se edificando sem ter um olhar voltado para a acessibilidade. Agora estamos correndo atrás do tempo perdido”, disse.
Ele relembrou que, no começo de agosto deste ano, a Câmara Municipal recebeu versões em braile da Lei Orgânica do Município. “A Câmara também tem a Ouvidoria com atendimento também em braile e a Prodam possui um projeto de uma central de libras para atender a população que liga no telefone 192. De qualquer local, o deficiente auditivo pode se comunicar por meio de uma webcam”, disse.
Por fim, o secretário revelou  um "sonho": "de um dia não existir mais a Secretaria." “Eu tenho esse sonho. Isso seria possível com a conscientização das pessoas sobre o assunto. Se algum dia chegarmos a esse ponto, não haverá mais a necessidade de existirmos”, finalizou.

Júlio Botelho afirmou que cidadania é “o reconhecimento dos direitos adquiridos pelas pessoas”. Ele também destacou ser contra o termo políticas públicas de inclusão. “Dizer políticas públicas de inclusão acentua ainda mais que as pessoas têm deficiências físicas, quando na verdade seria muito melhor dizer políticas públicas de inclusivas”.

“Temos que trabalhar visando tirar do papel as leis que tratam desse tema e dar a execução  para que essas pessoas estejam incluídas de fato na vida da cidade”, disse Botelho.

Também participaram do seminário os vereadores: José Police Neto (sem partido), presidente da Câmara; Floriano Pesaro (PSDB); Claudinho de Souza (PSDB); Alfredinho (PT); Attila Russomanno (PP); Netinho de Paula (PC do B) e Agnaldo Timóteo (PR).

Texto extraído do Portal do Vereador Claudio Fonseca .

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