quarta-feira, 30 de outubro de 2019

Dança que se dança





O Auditório Ibirapuera recebe, dia 03 de novembro, espetáculo de dança estrelado por pessoas com deficiência Inspirado na obra de Hélio Oiticica, Dança que se dança reúne no palco quase 90 participantes das oficinas de artes promovidas pelo Instituto Olga Kos de Inclusão Cultural “Seja marginal, seja herói”. 
O nome, Dança que se dança, é inspirado justamente numa frase de Hélio Oiticica: “Dança é a dança que se dança”. Isso porque, segundo o artista, “você é quem inventa a sua própria dança”. Ou seja, a dança está dentro de cada um e ela deve ser um espaço de “livre expressão” e “necessidade vital de desintelectualização”.
A bandeira-poema do artista plástico Hélio Oiticica, criada em 1968, sintetizou a marginália ou a cultura marginal — trabalhos não convencionais que fizeram parte do debate cultural brasileiro até meados da década de 70. Agora, mais de cinco décadas depois, o espetáculo Dança que se dança, com dramaturgia do coreógrafo Gustavo Paulino e realizado pelo Instituto Olga Kos de Inclusão Cultural (IOK), resgata as ideias propostas por Oiticica colocando no palco do Auditório Ibirapuera, em São Paulo, quase 90 beneficiários do Instituto com deficiência intelectual e/ou em situação de vulnerabilidade social.
“Estamos levando para um dos palcos mais importantes da cidade um grupo que, habitualmente, é marginalizado pela sociedade, quer seja por sua condição intelectual, quer seja pela vulnerabilidade social”, afirma Guga Paulino. “Com isso, vamos trabalhar a inclusão e a acessibilidade para um grupo enorme de pessoas e de uma maneira legítima, que é o espetáculo.”
Para Paulino, o trabalho desenvolvido nas oficinas criou “uma dança que evidencia autonomia, liberdade e respeito à diferença”. Dança que se dança tem uma hora de duração, trilha sonora inspirada em clássicos do Tropicalismo, como “Divino, Maravilhoso”, composta por Caetano e Gil, e figurinos elaborados pelos próprios participantes a partir dos “Parangolés”, as extravagantes vestimentas criadas por Oiticica. O lema é um só: “Seja marginal, seja herói”.
A apresentação faz parte do encerramento do projeto Corpos em Luz, do IOK, que durante um ano trabalhou o processo de criação do espetáculo por meio de oficinas.
Sobre o projeto
Corpos em Luz foi realizado por uma equipe multidisciplinar — pedagogos, psicólogos e instrutores de dança, entre outros — em seis instituições parceiras espalhadas pela cidade: Oficina Cultural Oswald de Andrade, Centro Cultural Olido, CEU Campo Limpo, CECCO Manoel da Nóbrega, CECCO Ibirapuera e CIEJA Campo Limpo.
O projeto contou com o apoio cultural do Museu de Arte Moderna de São Paulo, Pinacoteca, Centro Cultural Olido e Oficina Cultural Oswald de Andrade, que cederam seus espaços para ensaios abertos. O Itaú apoia a apresentação no Auditório do Ibirapuera.
Foto: Divulgação
SERVIÇO
Data: 
3 de novembro
Horário: domingo às19h
Local: Auditório Ibirapuera
Av. Pedro Álvares Cabral s/n. - SP
Tel: 11 3629-1075.
Entrada gratuita.
Sobre o Instituto Olga Kos
O Instituto Olga Kos (www.institutoolgakos.org.br) Fundado em 2007, em São Paulo (SP), o IOK atende cerca de 3 mil pessoas entre crianças, jovens e adultos com deficiência intelectual. Por meio de práticas esportivas como karatê e taekwondo e de oficinas de artes o instituto estimula o desenvolvimento motor, melhora a qualidade de vida e amplia os canais de comunicação e expressão das pessoas com deficiência. Parte das vagas dos projetos é destinada a pessoas sem deficiência que se encontram em situação de vulnerabilidade social e residem em regiões próximas aos 40 locais onde as oficinas são realizadas na capital paulista. Desta forma, pretende-se possibilitar uma maior interação entre pessoas com e sem deficiência. Maiores informações: Sax Comunicação Thiago Lotufo 11 98272-3209 thiago.lotufo@saxcomunicacao.com Alfredo César 11 98229-0087 alfredo.cesar@saxcomunicacao.com

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