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domingo, 1 de setembro de 2013

10 pressupostos da educação integral

O nome “educação integral” induz a uma armadilha fácil: 
considerar que, se o aluno fica o dia inteiro na escola, 
ele tem acesso a uma educação integral. Nada disso. 
A educação integral, que deve chegar a 60 mil das 160 
mil escolas públicas brasileiras até o ano que vem, tem 
um conceito muito mais amplo, em que tem o cerne 
no desenvolvimento integral do aluno

O tempo de permanência na escola – ou melhor, 
em circunstâncias de aprendizagem – é apenas um dos três pilares que o sustentam.
O primeiro deles é o desenvolvimento do ser humano em todas as suas dimensões.
 Ou seja, para se ter um ambiente de educação integral, o aluno deve ser formado 
não só do ponto de vista intelectual, mas também no afetivo, no social, no físico. 
Para que isso ocorra e já chegando ao segundo pilar, é preciso que haja uma 
integração de tempos e espaços, com a inclusão de diversos atores no processo 
educativo. Assim, a educação não deve ficar limitada ao espaço escolar nem 
se apoiar exclusivamente no professor. A educação integral é, portanto, aquela 
em que os cidadãos se envolvem e compartilham saberes, dentro ou fora da escola. 
Já o terceiro pilar é o do desenvolvimento das atividades em tempo integral.
crédito Picatscha / Fotolia.comEntenda o que é educação integral e o que é preciso para desenvolver o conceito, que impacta milhares de famílias e suas comunidades



Para ajudar educadores, pais e qualquer cidadão a entender o que é educação
 integral e o que é preciso para desenvolvê-la, o Porvir fez um compilado dos 
10 pressupostos que envolvem o conceito. Confira!
1. O direito a uma educação de qualidade é a peça chave para a ampliação 
e a garantia dos demais direitos humanos e sociais.
2. O objetivo final da educação integral é a promoção do desenvolvimento integral
dos alunos, por meio dos aspectos intelectual, afetivo, social e físico.
3. A educação não se esgota no espaço físico da escola nem no tempo de 4 h,
 7 h ou mais em que o aluno fica na escola.
4. A educação deve promover articulações e convivências entre educadores,
comunidade e famílias, programas e serviços públicos, entre governos e ONGs, 
dentro e fora da escola.
5. A escola faz parte de uma rede que possibilita a compreensão da sociedade, 
a construção de juízos de valor e do desenvolvimento integral do ser humano.
6. Organizações e instituições da cidade precisam fortalecer a compreensão 
de que também são espaços educadores e podem agir como agentes educativos. 
Já a escola precisa fortalecer a compreensão de que não é o único espaço 
educador da cidade.
7. O projeto político-pedagógico deve ser elaborado por toda a comunidade
 escolar refletindo a importância e a complementariedade dos saberes acadêmicos e comunitários.
8. Ficar mais tempo na escola não é necessariamente sinônimo de educação integral; 
passar mais tempo em aprendizagens significativas, sim.
9. A escola funciona como um catalisador entre os espaços educativos e seu entorno
 e serve como local onde os demais espaços podem ser ressignificados e os demais 
projetos, articulados.
10. Além de demandar a articulação de agentes, tempos e espaços, a educação integral 
se apoia na articulação de políticas (cultura, esporte, assistência social, meio ambiente, 
saúde e outras) e programas.
Fonte: Caminhos para Elaborar uma Proposta de Educação Integral em Jornada Ampliada, Secretaria de Educação Básica do MEC, Bairro-Escola Rio Vermelho, Associação Cidade 
Escola Aprendiz
 Esta reportagem faz parte de uma série especial sobre educação integral, 
acompanhando o lançamento do Centro de Referências em Educação Integral, 
uma iniciativa apoiada pelo Porvir e pelo Inspirare. A plataforma do centro já está 
disponível a partir de 29 de agosto, no www.educacaointegral.org.br.

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