Páginas

terça-feira, 6 de outubro de 2020

Mais respeito e menos preconceito.

 


06/10 – Dia Mundial da Paralisia Cerebral

    Causas:

    Uma das principais causas da PC é a hipóxia, situação em que, por algum motivo relacionado ao parto, tanto referentes à mãe quanto ao feto, há falta de oxigenação no cérebro, resultando em uma lesão cerebral.

    Além da falta de oxigenação, existem outras complicações, menos recorrentes, que podem provocar a PC. Entre elas estão: anormalidades da placenta ou do cordão umbilical, infecções, diabetes, hipertensão (eclâmpsia), desnutrição, uso de drogas e álcool durante a gestação, traumas no momento do parto, hemorragia, hipoglicemia do feto, problemas genéticos, prematuridade.

    Características:

    Há uma grande variação nas formas como a PC se apresenta, estando diretamente relacionadas à extensão do dano neurológico: lesões mais extensas do cérebro tendem a causar quadros mais graves. Os diferentes graus de comprometimento motor e cognitivo podem levar a um leve acometimento com pequenos déficits neurológicos até a casos graves, com grandes restrições à mobilização e dificuldade de posicionamento e comprometimento cognitivo associado. As alterações da parte motora incluem, problemas na marcha (como paralisia das pernas), hemiplegia (fraqueza em um dos lados do corpo), alterações do tônus muscular (espasticidade caracterizada por rigidez dos músculos) e distonia (contração involuntária dos membros). Em casos graves, há necessidade do uso de cadeira de rodas. Já as alterações cognitivas incluem problemas na fala, no comportamento, na interação social e no raciocínio. Os pacientes também podem apresentar convulsões.

    - 1 em cada 4 crianças com PC não consegue falar;
    - 1 em cada 4 não pode andar;
    - 1 em cada 2 tem deficiência intelectual;
    - 1 em cada 4 tem epilepsia.

    Tratamento:

    A reabilitação dos pacientes tem como objetivos contemplar o ganho de novas habilidades e minimizar ou prevenir complicações como, deformidades articulares ou ósseas, convulsões, distúrbios respiratórios e digestivos.

    O tratamento para essas pessoas requer a atuação de diversos profissionais de saúde: fisiatra, ortopedista, neurologista, pediatra e oftalmologista, além de outros especialistas da saúde como, fonoaudiólogo, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, psicólogo, educador físico e nutricionista. A equipe multidisciplinar pode melhorar muito sua qualidade de vida, sendo importante que suas capacidades de convívio social, de produção e de trabalho sejam reconhecidas, permitindo que tenham uma vida o mais próximo do normal.

    A data comemorativa foi idealizada pela World Cerebral Palsy Initiative, um movimento de pessoas com paralisia cerebral e suas famílias, e as organizações que as apoiam, em mais de 75 países e busca garantir aos pacientes com PC, os mesmos direitos, acesso e oportunidades que quaisquer outras pessoas. Existem 17 milhões de pessoas em todo o mundo vivendo com paralisia cerebral e outras 350 milhões estão intimamente ligadas a uma criança ou um adulto com PC.

    Mais do que um dia de conscientização, é uma oportunidade para:

    - celebrar e expressar orgulho pela vida e pelas realizações dos que tem PC e das pessoas e organizações que os apoiam;
    - dar voz para que pessoas com PC mudem seu mundo;
    - conectar organizações em todo o mundo para melhor atender às necessidades das pessoas com PC;
    - criar soluções para os problemas do dia a dia;
    - atuar como catalisador de campanhas que promovam mudança social e educação para solucionar desafios universais;
    - produzir ações e resultados tangíveis que melhorem a vida das pessoas com PC;
    - aumentar a conscientização sobre a PC em nível local, nacional e internacional, para criar sociedades mais inclusivas.


    Fontes:

    Dr. Dráuzio Varella

    Hospital Infantil Sabará

    World Cerebral Palsy Day


    Recado muito importante.

     

    Bom dia comunidade CIEJA CL Aqui quem fala é o Diego Elias Coordenador Geral
    Desejo que estejam bem!!!!
    Estou mandando esse áudio e o texto para espalhar o que conversamos em nossa última reunião. Caso não tenha conseguido participar não tem problema, este material abordará os principais assuntos.
    A realidade não está fácil, hoje no Brasil temos 4.927.235 pessoas infectadas pelo COVID-19 e 146.675 mortes. O nosso dia a dia deve ser um ato de resistir ao avanço do vírus e a nossa sobrevivência diária.
    Apesar de estarmos em uma pandemia jamais vista, fiquei orgulhoso que nosso encontro chegou no limite de participantes da plataforma (foram 100 pessoas), mesmo que de maneira breve, deu para matar a saudade de nossos funcionários, professores e alunos, fiquei muito contente em ver que vocês estão bem e, assim como nós, querendo que tudo volte ao normal o quanto antes.
    Quero demonstrar o quanto estamos felizes por saber que o CIEJA CL tem ajudado todo mundo a ficar bem durante a pandemia, o quanto nossas ações têm auxiliado cada um de vocês a seguir em frente com a energia da escola, da nossa história, com as lembranças de nossas vivências.
    Desde o primeiro dia da quarentena nos reunimos constantemente para elaborarmos ações que pudessem ter o resultado de acolhimento desejado, dentre elas, entregamos mais de 1000 (mil) cestas básicas, os professores ligaram individualmente para cada aluno, pelo menos quatro vezes, além das mediações individuais e nos grupos das redes sociais, entregamos o caderno trilhas, cartão alimentação, tiramos dúvidas e o principal, estamos readequando nosso espaço escolar para melhor receber a todos com o mínimo de segurança;
    A prefeitura anunciou a possibilidade de retorno, agora em outubro, não das aulas regulares, mas sim de atividades extra-curriculares, nas quais haveria a possibilidade da ida a escola duas vezes por semana durante duas horas, todavia em todas as nossas ações, sejam elas distribuindo kits de limpeza, cesta-básica em casa, ou outra atividade, percebemos que neste momento não conseguimos garantir que não haja contaminação em massa e tendo em vista que metade maior de nossa comunidade (alunos, funcionários e professores) é do grupo de risco, esse é o perfil da Educação de Jovens e Adultos. Decidimos coletivamente que as atividades continuam de maneira remota, pois seria muita irresponsabilidade colocar a vida de vocês em risco.
    Sei que muitos não conseguem realizar as atividades devido a falta de internet, celular, computador, ou por ter que dar assistência a família, ou por questões do trabalho, dentre muitos outros motivos que nos impedem. Sabemos que a Educação de Jovens e Adultos tem o perfil de trabalhadores que tem que literalmente “correr atrás do prejuízo”.
    Fiquem bem, vamos com calma, estamos aqui para passar pela pandemia juntos, qualquer dúvida podem ligar na secretaria, ou perguntar para as professoras e professores individualmente ou nos grupos das salas, o importante é ficar bem, com saúde, protegidos e continuar com os cuidados orientados pela OMS.
    Estamos com saudade de abraçar, de sorrir e de estar juntos!!!!!!!!!!
    Qualquer novidade podem deixar que avisaremos!!!
    Tenham um boa semana!!!!!

    Escola especial não é inclusiva.

     

    Você sabia que, nos anos 60, o estudante com deficiência só poderia ser matriculado em uma turma comum quando estivesse “pronto” para acompanhar os demais colegas nas atividades? Somente alguns ingressavam.
    Quando não alcançava o ideal esperado, permanecia fora, numa classe especial ou nas escolas especiais. Se você nasceu antes dos anos 2000, provavelmente teve pouca ou nenhuma chance de estudar com colegas com deficiência.
    As famílias tinham vergonha e isolavam os filhos com deficiência em casa. Muitos eram encaminhados a hospitais psiquiátricos.
    O resultado dessa discriminação é que, ainda hoje, a gente acha “normal” segregar as pessoas com deficiência, como se elas fossem o problema, o desvio da norma.
    Foi só na década de 90, e com muita pressão dos movimentos sociais, que isso começou a mudar. Tivemos a Convenção dos Direitos da Pessoa com Deficiência, assinada, em 2007, por 160 países.
    No Brasil, este documento tem força de lei (Lei nº 6949) desde 2009. Já o direito de alunos com deficiência estudarem em escolas e classes comuns está previsto em lei desde 2008.
    Doze anos pode parecer muito tempo, mas, se a gente refletir, a educação brasileira tem muito mais experiência em discriminar e excluir, do que em garantir a inclusão.
    A novidade é que o governo federal publicou, no dia 1/10, o Decreto 10.502, que tem o objetivo de garantir às famílias das pessoas com deficiência o direito de decidir se querem matricular seus filhos em uma escola regular, em uma escola especial ou em uma escola bilingue.
    Sim, esta não é uma política nova, é o que acontecia 30 anos atrás. Ao invés de investir na consolidação da educação inclusiva, o governo alega que os alunos não tem se beneficiado da inclusão (que ele não faz esforço para garantir) e decidiu andar para trás.
    Para que as famílias possam escolher? Não, para deslocar os investimentos da rede pública e das escolas regulares para instituições especializadas.
    Quem se beneficia dessa decisão, quem tem interesse nisso? Acho que essas são as perguntas que temos que fazer.
    O decreto 10502 é sobre interesse econômico, e não sobre direitos humanos.
    #descriçãodaimagem card de fundo amarelo e, ao meio, escrito quatro vezes em destaque, na cor preta, #escolaespecialnaoeinclusiva.




    Educação Agora

     No quarto episódio da série de webinários Educação Agora, que acontece no dia 8 de outubro, convidamos Eda Luiz para uma conversa sobre a importância da formação continuada de professores e professoras. Discutiremos o que é e quais são os objetivos deste processo de constante aperfeiçoamento de saberes e ferramentas de atuação.

    Eda Luiz é ativista social, pedagoga referência na área da educação integral e grande responsável pelo projeto educacional do Centro Integrado de Educação de Jovens e Adultos (CIEJA) Campo Limpo, escola de Ensino Fundamental para Jovens e Adultos da rede municipal, localizada na periferia de São Paulo e fundada em 1998.