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terça-feira, 29 de dezembro de 2015
segunda-feira, 28 de dezembro de 2015
quinta-feira, 17 de dezembro de 2015
Palavra de mãe.
Quero parabenizar toda equipe do CIEJA Campo Limpo por fazerem um trabalho excepcional e maravilhoso em favor dos nossos jovens.
Por tanto tempo o Lucas estudou em escolas
"conceituadas" e nunca teve um tratamento digno como este.
Ontem , após participar da balada, ele chegou em casa muito feliz e, a felicidade dele com certeza é nossa também como pais.
Então, agradeço a Deus pela vida de vocês, pelo carinho e dedicação .
Um obrigado todo especial para vocês .
Vídeo de Natal Olga Kos 2015
Lindo cartão de natal recebido do Instituto Olga Kos, parceiro do CIEJA Campo Limpo, que promove uma efetiva inclusão social por meio do esporte e da cultura .
quarta-feira, 16 de dezembro de 2015
terça-feira, 15 de dezembro de 2015
Jornalistas recebem prêmio por cobertura sobre educação pública municipal de qualidade.
Jornalistas recebem prêmios por cobertura sobre educação pública municipal de qualidade
A União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) anunciou, nesta quinta-feira, 19 de novembro, os vencedores do Prêmio Undime de Jornalismo. Ao todo foram 13 trabalhos premiados. Os primeiros colocados em cada categoria receberam R$ 18 mil cada. Em segundo lugar, os jornalistas receberam prêmios de R$ 12 mil e o prêmio para os classificados em terceiro lugar foi de R$ 8 mil. O trabalho de Menção Honrosa recebeu R$ 5 mil.
O Prêmio Undime de Jornalismo é realizado com o apoio e a parceria da Fundação Itaú Social, a Fundação Lemann, a Fundação Santillana, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), o Instituto C&A, Organização de Estados Ibero-americanos para Educação a Ciência e a Cultura realiza (OEI) e a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco no Brasil).
“Esperamos que esse seja o primeiro de muitos prêmios e que a gente continue enriquecendo esse debate”, afirmou Alessio Costa Lima, presidente da Undime e dirigente municipal de educação Tabuleiro do Norte (CE).
“O papel do jornalista e o valor da informação de qualidade são hoje quase tão importantes quanto o papel de um professor e da escola para nos fazerem enxergar o mundo, em toda a sua complexidade. Numa sociedade do conhecimento, o jornalista é um gerador de conteúdo”, afirmou Viviane Mosé, filósofa convidada para apresentar a cerimônia.
Confira a lista dos vencedores:
Mídia Impressa:
1º lugar: “Vozes do silêncio”, Diário do Nordeste – de Beatriz Jucá. Em série de reportagens, jornalista narra, de forma literária, histórias relacionadas a violência nas escolas de Fortaleza (CE), sob os pontos de vista de diferentes narradores: alunos, pais, mediadores de conflitos, professores e a própria escola. Confira aqui a reportagem.
2º lugar: “Mestres da criatividade”, Diário de Pernambuco – de Anamaria Melo do Nascimento. Repórter dedicou espaço, em série de reportagens, a professores que fazem a diferença em escolas municipais da região metropolitana de Recife (PE). Confira aqui as reportagens (parte 1, parte 2,parte 3 e parte 4).
3º lugar: “Educar em áreas de conflito”, O Globo – série de reportagens dos jornalistas Antônio Gois, Paula Ferreira, Raphael Kapa, Renata Mariz, Carol Knoploch, Paula Araújo, com imagens de Antonio Scorza, Pedro Kirilos e André Coelho; Equipe do jornal percorreu escolas localizadas em bairros tidos como violentos, apontou desafios e mostrou experiências bem-sucedidas no Rio de Janeiro (RJ), em Manaus (AM) e em Ceilândia (DF). Série ouve especialistas em educação, alunos, professores, gestores e especialistas em violência. Confira aqui a reportagem.
Radiojornalismo:
1º lugar: “Projeto Horta Escolar Integra conhecimentos e alimentação saudável em escolas e Cemeis de Goiânia”, Rádio Brasil Central AM e RBC FM – de Riva Blanche Kran, com produção de Vânia Savioli e sonorização de Marcos Leandro. Com grande habilidade em montagem e edição do texto e do som, repórter aborda projeto de sucesso na rede municipal de Goiânia (GO), que utiliza as hortas escolares para ensinar português, geografia, matemática, meio ambiente, além de promover a alimentação saudável dos alunos. Confira aqui a reportagem.
2º lugar: “O Entorno da Educação”, Rádio BandNews FM Brasília – de Ivan Brandão, com edição de Rodrigo Orengo e sonorização de Daniel Costa.Repórter percorreu três municípios goianos do entorno do Distrito Federal. Valparaíso (GO), Santo Antonio do Descoberto (GO) e Cidade Ocidental (GO) são marcados por altos índices de violência mas mantêm escolas públicas que valorizam a aprendizagem e o direito de aprender. Confiraaqui a reportagem.
3º lugar: “Ilha José Novais”, CBN João Pessoa – de Hebert Araújo. Reportagem aponta o impacto transformador de escola pública de excelência localizada em bairro com contexto socioeconômico desfavorável, e marcado pela violência na periferia de João Pessoa (PB). Com professores e gestores engajados e projeto pedagógico contextualizado com a cultura local, meninos e meninas aprendem e ex-alunos tornam-se doutores. Confira aqui a reportagem.
Telejornalismo:
1º lugar: “Projeto Educacional Bonecas Negras”, Gazeta Comunidade - TV Gazeta afiliada Globo ES – de Camila Sandrini com imagens de Carlos Palito. Reportagem lúdica e alegre mostra projeto de valorização da cultura afro-brasileira, realizado por professora em escola de educação infantil de Vitória (ES). Bonecas e brincadeiras de Moçambique ensinam às crianças a importância de valorizar e respeitar a diversidade racial e a composição multicultural do país. Confira aqui a reportagem.
2º lugar: “Educação inclusiva: Além da Obrigatoriedade”, TV Claret – de Janaina Aparecida Moro. Com foco no direito à educação para todas as crianças e olhar sensível, reportagem mostra como o município de Rio Claro (SP) se organiza para atender crianças com necessidades especiais e deficiências em centro de atendimento personalizado, acompanhado de inclusão das crianças nas escolas. Confira aqui a reportagem.
3º lugar: “Filhos de Augusto: O despertar da leitura e a busca do ‘Eu”, TV Assembleia –de José Wanderley Costa Filho; com produção de Normando Dias, Edição de Wellyton Queiroz, imagens de Hiran Medeiros e assistência técnica de Severino Ramos. Professor inspirado pelo poeta Augusto dos Anjos desenvolve projeto de incentivo à leitura literária nas escolas de Sapé (PB), terra natal do poeta. Confira aqui a reportagem.
Webjornalismo
1º lugar: “Com a palavra, as crianças”, Gestão Escolar – de Aurélio Amaral e Karina Padial – Experiência da rede municipal de Curitiba (PR) reúne crianças de 4 e 5 anos em conselhos para decisões administrativas e pedagógicas das escolas de educação infantil. Meninos e meninas aprendem a tomar decisões, respeitar e ouvir o outro e aprendem sobre democracia na prática. Professores e gestores também aprendem a se adaptar à cultura da infância para tomar decisões. Confira aqui a reportagem.
2º lugar: “Projeto de incentivo à leitura é destaque em escola do sertão da Bahia”, Website Nova Esperança no Ar – de Anderson Ferreira de Souza.Em Malhada de Pedras (BA), meninos e meninas são incentivados a ler graças a projeto. A iniciativa oferece às crianças e adolescentes a oportunidade de mergulhar no mundo dos livros. Essa foi a solução proposta por professores para envolver a comunidade e melhorar a aprendizagem na Escola Municipal Raios de Sol, em Malhada de Pedras/ BA, cidade a 680 km de Salvador. Confira aqui a reportagem.
3º lugar: “Uma escola em que os alunos têm voz”, Na Responsa! – de Ludimila Honorato e Larissa Valença. Os princípios de democracia e liberdade do educador Paulo Freire foram o ponto de partida para as mudanças que aconteceram no Centro de Educação de Jovens e Adultos (Cieja) Campo Limpo, no bairro do Capão Redondo, em São Paulo/ SP, nos últimos 10 anos.
Confira aqui a reportagem.
Menção Honrosa
- “O difícil retorno”, Revista Educação – de Christina Stephano de Queiroz com imagens de Gustavo Marita. Trabalho recebeu a menção honrosa por debruçar-se sobre um tema pouco visível na mídia: os desafios das escolas em acolher e ressocializar adolescentes em conflito com a lei, que estiveram internados ou cumprem medidas socioeducativas em meio aberto. Reportagem ouve muitos especialistas e indica possíveis soluções. Confira aqui a reportagem.
O Prêmio Undime de Jornalismo tem como objetivo valorizar a cobertura jornalística de qualidade sobre os desafios da educação básica pública no Brasil e incentivar a mídia a aprofundar em questões que dizem respeito a 38,5 milhões de crianças, adolescentes e jovens em todo o país.
Além disso, um dos jornalistas vencedores recebeu uma bolsa integral de estudos para o curso de pós-graduação em Jornalismo na Universidad Autónoma de Madrid, na Espanha, com estágio remunerado na redação do El País Brasil.
Os trabalhos selecionados passaram por uma criteriosa seleção. Ao todo foram 202 trabalhos inscritos. Após a triagem da Comissão Técnica, as reportagens foram avaliadas por uma Comissão Julgadora composta por 20 profissionais, incluindo jornalistas, professores universitários, parceiros da Undime e especialistas em educação.
As fotos do Prêmio já estão no Facebook! Acesse: http://zip.net/bqsqTC
Autor: Undime
(atualizada em 20/11/2015, às 12h26)
Uma escola em que os alunos têm voz
Segue o link da reportagem vencedora do Prêmio Undime de Jornalismo a respeito do Cieja Campo Limpo.
Texto e fotos: Larissa Valença e Ludimila Honorato
O portão fica aberto e qualquer um pode entrar das 7h às 22h30: há idosos, adolescentes, deficientes e menores de idade infratores. Nas salas, grupos de 4 a 5 pessoas estudam por cerca de 2 horas sobre um assunto. Há paredes coloridas, flores e um jardim. Tem também o piso amarelo, um espaço pra fazer nada — e falar sobre isso —, reivindicado pelos alunos.
O Cieja Campo Limpo, uma escola para jovens e adultos, fica num dos bairros mais violentos de São Paulo, o Capão Redondo — segundo lugar no ranking da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo em 2014.
A escola, que era um centro municipal de ensino supletivo (Cemes), começou a mudar há mais de dez anos quando passou a usar os princípios de Paulo Freire para criar um ensino que dialogasse com a realidade das pessoas.
Para enfrentar a violência e o desinteresse dos alunos e dos jovens da comunidade, o Cieja aposta na democracia e no diálogo e virou referência no bairro até diante do crime organizado. Nem quando há toque de recolher o portão fecha.
“Uma vez passaram e falaram: ‘manda a tia fechar o portão.’ Conversei com os alunos, eles queriam aula, só combinaram de sair todos juntos no mesmo horário. Não fechei e não passaram mais aqui.”, conta a diretora Êda Luiz, que assumiu a escola em 2002 e começou as mudanças.
Também é ali que a comunidade vê um lugar seguro até pra resolver problema familiar ou médico, diz. No dia em que nossa reportagem esteve no local, Êda atendeu um morador de rua que buscava doação de colchão e recebeu o telefonema de uma mãe que chorava por conta do filho de 14 anos que desistiu da escola regular.
“Quando vem um problema, a gente não dá resposta ‘sim’ ou ‘não’. A gente analisa, vê o que pode ser feito, se tem instituição que pode ajudar e fazemos a mediação”.
Fugindo da educação tradicional, a escola leva em conta a bagagem que cada um carrega e dá ferramentas para que eles mesmos moldem o processo de aprendizagem por meio do diálogo.
O lugar do nadaRecentemente, a equipe pedagógica fez um questionário para saber o que os alunos pensavam sobre a escola. “Por incrível que pareça, eles acham super boa, interessante, mudariam muito pouco, mas falaram que tem dias que não querem ir pra escola. Queriam o lugar do nada: não quero fazer nada, mas quero ficar aqui”, relata a diretora.
Resolveram, então, construir o piso amarelo, um espaço e um tempo pra discutir o que é o nada e produzir conhecimento através disso, o ócio criativo. “O jovem não tem ideia do poder do conhecimento porque ele não produz conhecimento”, aponta Êda defendendo que a escola deve dar essa oportunidade.
Também há outros canais entre os os estudantes e a escola. Por meio de questionários, eles dão sugestões e opinam sobre o Cieja. Nas assembleias, eles decidem se querem mudar algo e de que forma farão isso. O diário de bordo extraclasse, que é um dos métodos de avaliação do Cieja, é onde o aluno conta as experiências fora da escola — ao mesmo tempo em que incentiva a escrita.
Bruno Pereira, 17, que veio de uma escola regular, a ideia é boa porque a escola se importa com o que acontece com eles e dá espaço para falarem. “Achei interessante, gostei de contar a minha experiência, o que aprendo fora da escola.”
Os jovens também foram convidados a falar de si e dos sonhos deles em uma atividade de integração coordenada por André Luiz, que atua na TV DOC Capão e é parceiro do Cieja fazendo palestras e saraus sobre a juventude.
André é morador do bairro e criador do canal de Youtube com mais de 16 mil visualizações e do Facebook com mais de 4 mil seguidores. O objetivo é dar voz à comunidade, fazendo um trabalho de conscientização política por meio da produção de vídeos.
O diálogo e a autonomia para empoderar são premissas do educador brasileiro Paulo Freire, de quem Êda adquiriu, e depois implantou, os ideais de educação democrática e liberdade. Segundo a pedagoga Fernanda de Macedo, o ensino democrático desperta no aluno o senso crítico e um olhar mais humano, já que a democracia precisa de gente questionadora.
“Forma-se um cidadão que tem consciência de como agir em sociedade. Despertando isso na escola, os alunos passam a tomar as atitudes.”
Currículo da vidaEm vez de cobrar interesse e disciplina de quem tem referências distantes da escola e do comportamento tradicional, o Cieja dá condições para o envolvimento sem cobrança.
Uma das formas de fazer isso é aproximar o currículo da realidade dos alunos. O professor de artes Luciano Braga diz que trazer a vivência do aluno para dentro da sala de aula ajuda o aprendizado. Com isso, o estudante passa a olhar o mundo e os problemas a sua volta, como defende a pedagogia da autonomia de Paulo Freire, aponta a pedagoga Fernanda.
“O professor tem que ter sensibilidade sobre o que pretende ensinar para mesclar o conteúdo com a realidade do aluno. Precisa se planejar a fim de que o conhecimento se torne significativo.”
Falar dos índios sem adotar a visão do colonizador ou a ideia de que vivem na selva, aproximou a questão da vida dos alunos a tal ponto que alguns de identificaram como indígenas depois do III Seminário Indígena, em agosto desse ano.
No fim de cada semestre é assim: o conteúdo e os alunos dos quatro módulos se juntam pra discutir temas e aterrar o aprendizado à vida deles.
Essa ligação faz a escola estar sempre aberta e próxima. Assim, os jovens que vão embora quando percebem que não se encaixam podem voltar quando sentem que é a hora.
Hugo Leonardo, 23, saiu da escola quando o filho nasceu, mas voltou e vê o Cieja como uma mãe, com as portas sempre abertas. “Até os 17, você faz coisas sem pensar, mas essa vivência serve. A mente evolui como se fosse uma escola. No início, eu vinha só para comer, com o tempo comecei a estudar.”
Ali não há provas para medir o conhecimento nem disciplinas que isolam a realidade de uma forma artificial.
Os alunos exploram a cidade, a história e a arte em atividades como visitas a exposições e museus — para garantir as 200 horas anuais — e aprendem em módulos de conhecimento. Os dois primeiros focam na alfabetização e os dois últimos tratam de linguagens e códigos (português e inglês), ciências humanas (história e geografia), ciências do pensamento (ciências e filosofia) e ensaios lógicos e artísticos (matemática e artes).
O foco do ensino sai da grade curricular tradicional e vai para a vida prática, conta o professor Luciano.
“Talvez ele saia daqui sem entender a equação de primeiro grau, mas saberá ir ao mercado, fazer uma compra e não ser enganado.”
Voz pros jovens
A opinião do aluno também conta na hora de definir se ele vai pro módulo seguinte. No fim de cada semestre, os professores e os alunos se reúnem num conselho e avaliam juntos o que foi apreendido e a evolução, explica a coordenadora Kátia Alves. Dali sai o resultado.
A opinião do aluno também conta na hora de definir se ele vai pro módulo seguinte. No fim de cada semestre, os professores e os alunos se reúnem num conselho e avaliam juntos o que foi apreendido e a evolução, explica a coordenadora Kátia Alves. Dali sai o resultado.
O objetivo de tantas etapas diferentes da escola tradicional é fazer o jovem perceber seu potencial, diz a coordenadora. “Falam tanto que ele é desqualificado que isso se torna um verdadeiro problema pra ele. E muitas vezes a escola regular reforça esse discurso, não vai contra.”
O diálogo e a valorização do jovem o trazem pra perto e desenvolvem nele o respeito pelo aprendizado e pela comunidade.
Gustavo Trentino, 16, repetiu três anos seguidos antes de ir pro Cieja e estranhou a falta de hierarquia.
“Achei muito diferente, não tinha que fazer fila aqui.”
Maicon Pablo, 16, foi pra escola por indicação de um ex-aluno amigo seu, mas chegou sem vontade de estudar. Depois, desenvolveu uma relação mais madura.
“Fora daqui, a gente gritava, falava palavrão, desrespeitava professor. Aqui não, aqui a gente respeita o professor e os mais velhos.”
No Brasil, os jovens de 15 a 19 anos representam cerca de 30% — pouco mais de 1 milhão — dos 3,5 milhões de alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA). No Cieja Campo Limpo, são 1.200 alunos e 35% estão nessa faixa etária.
Diversidade cultivadaO respeito se consolida com a valorização da diversidade no Cieja. Ali há espaço para alunos com necessidades especiais, não há limite de idade nem restrições por histórico de criminalidade.
Os alunos com deficiência são avaliados ao chegar e têm aulas junto aos demais, de acordo com o grau de desenvolvimento cognitivo. Em paralelo, há atendimento especializado para desenvolver as habilidades. Os surdos exploram o som por meio das vibrações e desenvolvem a coordenação motora por meio dos instrumentos musicais.
“Dependendo do grau, uma pessoa com necessidade especial pode não ser alfabetizada, mas mostramos aos pais que ler e escrever não é a prioridade dela. Assim, exploramos outras capacidades”, coloca o professor Luciano Braga.
Mateus*, que chegou à escola depois de ter perdido a visão e sem aceitar a deficiência, resume sua história em um verso:
“Cieja me fez voltar a acreditarDepois que me envolvi contigo,Vou sonhar”.
Com dificuldade para conseguir um trabalho, hoje ele vende pão de mel na escola. “Tem de prestígio, doce de leite e brigadeiro.”
Hugo Leonardo, o aluno que voltou à escola depois de ser pai, joga dominó com Mateus e revela: “Ele é craque!”. Para a pedagoga Fernanda de Macedo, alunos que convivem com outros que possuem necessidade especial passam a refletir mais e o processo educativo é construído coletivamente baseado em respeito, acolhimento e confiança.
A escola pública regular deve garantir que pessoas com necessidades especiais estudem com as demais, segundo a lei nº 7.853. Só que, na prática, é difícil haver uma integração completa como vista no Cieja, diz a pedagoga Fernanda. “Não adianta só dar acesso e não dar sala de apoio e não ter professor especializado.”
Ali também tem espaço para quem ficou marcado pelo envolvimento com o crime, como ex-usuários de droga e menores que estão cumprindo medidas socioeducativas. Pra incluir pelo estudo, a regra é não questionar as infrações cometidas, recomenda a diretora Êda.
Alexandre*, ex-aluno da escola, se envolveu com drogas e ganhou no Cieja uma chance agora no mundo profissional. Hoje, ele é ajudante geral de Êda.
Com alunos de 15 a 90 anos na mesma sala, se usa o potencial conflito entre gerações pra tornar o ensino mais rico. O celular, por exemplo, é usado para falar de comunicação, e os mais velhos contam como faziam antigamente.
Gustavo Trentino, 16, veio de uma escola regular e se sente integrado no ambiente de diferenças.
“Aqui, todos os alunos se ajudam, independente de ser mais velho ou ter alguma deficiência, mas é normal, é tudo aluno”.
Eles, que estão vivenciando essa metodologia — também em escolas regulares como a EMEF Presidente Campos Salles, em Heliópolis, e a Desembargador Amorim Lima, no Butantã — vão passar isso adiante, segundo Êda. Para ela, os alunos são os responsáveis por uma revolução nas escolas.
“Eles vão ver que podem interagir e ser protagonistas da educação.”
- Foram usados nomes fictícios para preservar a identidade dos alunos.
- Publicado originalmente em Na Responsa!
segunda-feira, 14 de dezembro de 2015
Felicidades 1000
Nosso querido amigo e aluno Davisson
a equipe do CIEJA Campo Limpo deseja toda sorte do mundo em sua vida ..te amamos.
a equipe do CIEJA Campo Limpo deseja toda sorte do mundo em sua vida ..te amamos.
Momentos de muita ANIMAÇÃO com pais e amigos numa AÇÃO de verdadeira INCLUSÃO .
Momentos maravilhosos de nossa última
Balada Especial que teve como tema
" Então é Natal ..mais uma balada especial".
Agradeço imensamente a minha equipe nota 1000 ...
Elaine, Lu, Samira, Bruna e Antonia... vocês são demais.
Professores Luciano e Diego pelo apoio técnico.
quinta-feira, 10 de dezembro de 2015
quarta-feira, 9 de dezembro de 2015
Carlinhos de Jesus e a sua Companhia de Ballet no CIEJA Campo Limpo
No último dia 01/12/2015, Carlinhos de Jesus em parceria com o CIEJA Campo Limpo e ONG Capão Cidadão, fazem parceria para ministrar aulas de BALLET para crianças da Ocupação da COHAB Adventista.
Crianças que serão atendidas pelo projeto
Professores do Ballet e o Carlinhos de Jesus
Aula inaugural
Carlinhos de Jesus e Dona Eda, estreando o novo espaço de Ballet
Parceiros da Ação
Obrigado por acreditarem nas crianças e no CIEJA Campo Limpo